Economia

Não adiar pagamento da energia é loucura, diz consultor

Para consultor da PSR, adiamento precisa ser feito de uma só vez, para uma data calculada pelas autoridades competentes em que seja possível resolver o problema


	Energia: distribuidoras terão de contar com dinheiro do próprio caixa para bancar rombo de junho
 (Carla Gottgens/Bloomberg)

Energia: distribuidoras terão de contar com dinheiro do próprio caixa para bancar rombo de junho (Carla Gottgens/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 16h53.

São Paulo - O presidente da consultoria PSR, Luiz Augusto Barroso, afirmou nesta terça-feira, 5, durante o Fórum Estadão sobre infraestrutura, que o não-adiamento do pagamento da energia comprada pelas distribuidoras em junho, que soma quase R$ 300 milhões, deve ser resultado de conversas entre o governo e o setor, caso contrário, seria uma "loucura".

"Se esse não-adiamento não estiver vinculado à possibilidade de um aporte financeiro por parte das distribuidoras, é uma loucura".

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, com a demora do governo em fechar um acordo com os bancos para viabilizar o novo empréstimo para o setor elétrico, as distribuidoras terão de contar com dinheiro do próprio caixa para bancar o rombo de junho, pelo menos temporariamente.

Ao contrário do que fez na liquidação de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não vai adiar o prazo do desembolso pela energia elétrica comprada em junho, que vence nos dias 7 e 8.

Para Barroso, o adiamento precisa ser feito de uma única vez, para uma data calculada pelas autoridades competentes em que seja possível resolver o problema.

"Adiar sucessivamente é empurrar com a barriga um problema que está identificado desde o início do ano. Cada adiamento é um fator adicional de instabilidade regulatória", afirmou.

De acordo com o consultor, as alterações nessa liquidação dos empréstimos afeta não só a parte regulada, mas também o mercado livre de energia.

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