Economia

Na AL, Brasil só cresce mais que El Salvador e Venezuela

Cepal projeta que economia brasileira vai crescer 2,5% em 2013


	Dinheiro: revisão das estimativas de crescimento da América Latina e Caribe se deve, em parte, à baixa expansão do Brasil e do México, segundo a Cepal
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: revisão das estimativas de crescimento da América Latina e Caribe se deve, em parte, à baixa expansão do Brasil e do México, segundo a Cepal (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 16h00.

São Paulo – A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou sua projeção para o crescimento da economia da América Latina e Caribe para 3% em 2013 – a mesma projeção do FMI. Para o Brasil, a projeção também é a mesma do Fundo: 2,5%. A projeção da Cepal é igual ao menor percentual da projeção feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que prevê um crescimento entre 2,5% e 3% neste ano (“otimismo” que já gera crítica). Na região, a expectativa da Cepal para o crescimento brasileiro só supera as projeções para e Venezuela e para El Salvador.

A Cepal projeta que a economia venezuelana crescerá 1,0% em 2013 após crescer 5,6% em 2012. Para El Salvador, a projeção é de alta de 2,0% depois de crescer 1,6% no ano anterior. O líder de crescimento na região, de acordo com a Cepal, será o Paraguai. A expectativa é que a economia do país cresça 12,5% nesse ano após recuar 1,2% em 2012 (veja as projeções para a região no documento no final da matéria).

Segundo o Estudio Económico de América Latina y el Caribe 2013, divulgado hoje pela Cepal, a revisão das estimativas de crescimento da região (de 3,5% para 3%) se deve, em parte, à baixa expansão do Brasil e do México. A previsão de crescimento do México em 2013 caiu de 3,5% para 2,8% e a projeção para o Brasil caiu de 3% para 2,5%. Além desse, vários países que estavam crescendo a taxas elevadas, como Chile, Panamá e Peru, mostraram desaceleração de sua atividade econômica nos últimos meses.

O cenário mostra os problemas de sustentabilidade da maior parte das economias da região, segundo a Cepal. A região mostra algumas debilidades que poderiam afetá-la no curto e no longo prazo frente ao atual cenário externo negativo – como a alta dependência das exportações para a Europa e para a China, o crescente aumento no déficit de conta corrente, as restrições fiscais no Caribe, América Central e México e a vulnerabilidade na América do Sul em decorrência de sua dependência de recursos naturais.

Veja as projeções da Cepal para o crescimento da economia na América Latina e no Caribe:

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