Economia

"Multas a bancos infratores podem ultrapassar R$ 2 bi", diz Ilan

O valor da multa dependerá do porte e da capacidade econômica do banco, além da gravidade da infração e do dano causado ao sistema financeiro nacional

Ilan Goldfajn: o presidente do BC declarou que as multas podem ultrapassar R$ 2 bilhões (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: o presidente do BC declarou que as multas podem ultrapassar R$ 2 bilhões (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de junho de 2017 às 17h48.

São Paulo - O Banco Central vai aumentar a punição a bancos envolvidos em irregularidades, ressalta o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, em documento com apontamentos feitos no evento desta sexta-feira, 30, do Grupo Estado.

As multas podem ultrapassar R$ 2 bilhões.

O valor, ressalta o dirigente, vai depender do porte e da capacidade econômica do banco, além da gravidade da infração e do dano causado ao sistema financeiro nacional.

Ilan mencionou em discurso hoje a medida provisória (MP) divulgada recentemente pelo governo, que tem como inovação a possibilidade de acordo de leniência para bancos.

Esta medida está inserida dentro da agenda BC+, que é organizada em quatro pilares, um deles que busca aprimorar o arcabouço legal.

O aumento de punição a bancos, destacou ele, tem como objetivo aumentar "a eficiência e a eficácia dos processos administrativos punitivos do BC".

Essa medida traz novos parâmetros para penalidades, disse ele, citando que os valores podem ultrapassar R$ 2 bilhões.

Além da possibilidade de acordos de leniência para o sistema financeiro, a MP prevê uma solução para que instituições que admitirem ou forem pegas com práticas irregulares continuem operando.

Ilan participou nesta sexta-feira do prêmio Estadão Finanças Mais e Broadcast Analistas e Projeções.

Acompanhe tudo sobre:acordos-de-lenienciaBanco CentralBancosIlan Goldfajn

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos