Economia

Mujica defende “grande guerra” contra a pobreza

Para o presidente uruguaio, é fundamental mudar a forma de se observar a vida baseando-se no consumismo


	O presidente uruguaio, José Mujica: Mujica acrescentou ainda que o objetivo dos líderes políticos latino-americanos deve ser os mais pobres
 (Miguel Rojo/AFP/AFP)

O presidente uruguaio, José Mujica: Mujica acrescentou ainda que o objetivo dos líderes políticos latino-americanos deve ser os mais pobres (Miguel Rojo/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h57.

Brasília – O presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, disse hoje (8) que a “grande guerra” que o mundo deve travar é o combate à “desigualdade e pobreza”. Ao discursar na 10ª Conferência dos Ministros da Defesa das Américas, que está sendo realizada na cidade uruguaia de Punta del Este, Mujica ressaltou que a “nova era se globaliza em extensão e cultura”, por isso os esforços devem ser redobrados em busca da inclusão social.

Para o presidente uruguaio, é fundamental mudar a forma de se observar a vida baseando-se no consumismo. Segundo Mujica, a civilização mundial tem de avaliar que há um crescimento permanente no planeta que depende de ações atuais e futuras relativas ao meio ambiente.

Porém, Mujica destacou que, apesar de as Américas terem “grandes recursos naturais e humanos”, ainda mantêm uma "tremenda dívida social". Devido a isso, afirmou, “nossa grande guerra é contra a desigualdade e a pobreza". O discurso de Mujica pode ser lido em espanhol na página da Presidência da República do Uruguai na internet.

Em julho, quando esteve no Brasil para a cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul, Mujica defendeu a unidade de esforços em torno de ações que levem à inclusão social. “Estamos em outro momento histórico. É agora ou nunca. O desafio é enorme”, ressaltou ele, na solenidade.

Mujica acrescentou ainda que o objetivo dos líderes políticos latino-americanos deve ser os mais pobres. “A nossa verdadeira causa está nestes anônimos, nesta multidão anônima, com a qual temos uma causa e um dever”, destacou. “Tudo isso compõe a esperança, a angústia e a esperança que temos. Por isso, é necessário somar. Precisamos acrescentar os trabalhadores, aqueles que estão andando de chinelos. Os populares precisam estar incluídos.”

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