Economia

Mudanças na previdência são necessárias, diz FenaPrevi

Para o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida a discussão da reforma ao longo deste ano já trouxe impacto positivo ao setor privado

Previdência Social: a expectativa da Fenaprevi é de que a captação líquida dos planos cresçam de 22% a 24% em 2016 em relação ao ano passado (.)

Previdência Social: a expectativa da Fenaprevi é de que a captação líquida dos planos cresçam de 22% a 24% em 2016 em relação ao ano passado (.)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 15h41.

São Paulo - A proposta de reforma da Previdência Social, apresentada pelo governo federal, trouxe medidas necessárias para a aposentadoria oficial e conta com o apoio do mercado privado, segundo o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco.

"Estamos à beira do abismo na Previdência Social. As medidas são necessárias. A PEC do teto dos gastos públicos não se sustenta se não tivermos a reforma da Previdência, mas estamos no caminho certo", afirmou ele, em conversa com a imprensa nesta sexta-feira, 9.

Franco disse que a discussão da reforma da previdência ao longo deste ano já trouxe impacto positivo para o setor privado, contribuindo para reduzir o volume de resgates no segmento em meio à maior conscientização das pessoas para o assunto.

A expectativa da Fenaprevi, conforme ele, é de que a captação líquida dos planos cresçam de 22% a 24% em 2016 em relação ao ano passado.

Já para o próximo exercício, de acordo com Franco, é esperado que o mercado de previdência complementar retome o patamar de expansão de 2015, de entre 25% e 26%.

A discussão da reforma da Previdência ajuda, conforme ele, o segmento privado, na medida em que impulsiona a conscientização das pessoas, mas o maior crescimento deve ser motivado, principalmente, pela recuperação econômica.

"A reforma da Previdência tende a aumentar a demanda por planos privados, mas não fará que o segmento dê um salto, cresça para outro patamar em 2017", esclareceu o presidente da Fenaprevi.

Ele lembrou que o setor privado fez proposta amparada em quatro pilares para a Previdência no Brasil. O primeiro seria assistencial e financiado por impostos, focado nas pessoas que não tiveram acesso ao mercado formal de trabalho.

O segundo seria similar ao atual do INSS, de forma compulsória, mas com benefícios menores e financiado com contribuições de indivíduos e empresas.

Atualmente, o teto está em R$ 5.189,82. O terceiro pilar, de acordo com o presidente da Fenaprevi, seria de contribuições individuais para contas também individuais e administrado pela iniciativa privada via processos de licitação.

Por último, o quarto pilar, conforme Franco, seria o da previdência voluntária nos moldes do sistema complementar de aposentadoria hoje.

Acompanhe tudo sobre:Previdência Social

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1