Economia

Mudança no seguro-desemprego reduz beneficiários

A análise do ministério mostra que aproximadamente 50% das pessoas que pediram o benefício pela primeira vez em 2014 seriam negados sob o novo regulamento


	Carteira de Trabalho: em 2014, o seguro-desemprego foi solicitado por cerca de 8,5 milhões de pessoas
 (Wikimedia Commons)

Carteira de Trabalho: em 2014, o seguro-desemprego foi solicitado por cerca de 8,5 milhões de pessoas (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 18h16.

Brasília - Apresentada no fim do ano passado pela nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, a mudança nas regras no seguro-desemprego pode diminuir o acesso ao benefício em mais de 25%.

O levantamento foi feito pelo Ministério do Trabalho e Emprego e divulgado nesta sexta-feira, 16.

O cálculo foi feito a partir de uma simulação de como seria a concessão de benefícios se as novas regras fossem aplicadas na base de dados de 2014.

No ano passado, o seguro foi solicitado por cerca de 8,5 milhões de pessoas.

De acordo com os números apresentados, com a nova regra prevista na Medida Provisória 665, mais de 2,2 milhões de pessoas desse total teriam o pedido recusado, ou 26,58% do total.

O número é quase sete vezes maior que os 351 mil benefícios de fato recusados em 2014, ainda sob a regra antiga.

A norma anterior exigia seis meses trabalhados nos últimos três anos para que o benefício fosse liberado.

Com a nova regra, que valerá a partir de março, o desempregado deverá ter recebido salários por pelo menos 18 meses nos últimos dois anos para fazer a primeira solicitação.

Para a segunda solicitação, serão 12 salários nos últimos 16 meses. Para a terceira, ele deverá ter recebido salários nos 6 meses imediatamente anteriores à data da dispensa.

A análise do ministério mostra que aproximadamente 50% das pessoas que pediram o benefício pela primeira vez em 2014 seriam negados sob o novo regulamento.

Para o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o cenário está mudando para defender o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). "Nenhum direito está sendo suprimido", afirmou.

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