Economia

Mudança no compulsório não afeta Selic, diz Mantega

O ministro da Fazenda afirmou que o que tem mais impacto sobre a taxa básica de juros é se está havendo cumprimento da meta de inflação


	Guido Mantega no Palácio do Planalto: na última quinta-feira, o BC anunciou mudanças nas regras de dedução do recolhimento de depósitos compulsórios a prazo
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega no Palácio do Planalto: na última quinta-feira, o BC anunciou mudanças nas regras de dedução do recolhimento de depósitos compulsórios a prazo (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 14h33.

Rio de Janeiro - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta segunda-feira, que as mudanças feitas nos depósitos compulsórios bancários não têm grande impacto sobre a Selic, a taxa básica de juros da economia. Mantega, que participou do evento do Sindicato da Indústria Naval (Sinaval), no Rio de Janeiro, afirmou que o que tem mais impacto sobre a Selic é se está havendo cumprimento da meta de inflação.

Na última quinta-feira (08), o Banco Central anunciou mudanças nas regras de dedução do recolhimento de depósitos compulsórios a prazo. Foram alterados os critérios que definem o tipo de instituição cuja venda de carteiras de crédito pode ser deduzida do recolhimento feito pelos grandes bancos. Pela nova regra, a compra de carteira pelos grandes bancos pode ser deduzida se a instituição vendedora tiver 20% do passivo em depósitos a prazo e também em letras financeiras. A regra anterior não previa a inclusão de letras financeiras dentro deste critério.

Após dois anos, o BC também atualizou o valor do patrimônio de referência dessas instituições vendedoras, que passou de R$ 2,2 bilhões para R$ 3,5 bilhões. Foi mantida a norma que determina que esses bancos vendedores devem ter 20% dos ativos relacionados a operações de crédito.

No evento desta segunda-feira, o ministro disse ainda que o investimento fica "mais reticente" em momentos de crise e, por isso, são necessários estímulos para tornar a economia mais atraente. Ele lembrou que o governo está reduzindo custos para a indústria, elevando a oferta de crédito, entre outras medidas para estimular a economia.

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