Economia

Mudança da meta fiscal será muito prejudicial ao país, diz Maia

O presidente da Câmara dos Deputados defendeu que aumentar a meta não é a solução, pois o país já tem um rombo fiscal "gravíssimo"

Rodrigo Maia: "Defendo que a meta fiscal fique onde está" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Rodrigo Maia: "Defendo que a meta fiscal fique onde está" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de julho de 2017 às 16h29.

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira, 28, em São Paulo que defenderá que a meta fiscal estipulada pela equipe econômica do governo no início do ano não seja revisada.

"Defendo que a meta fiscal fique onde está. Não é porque a gente está com um problema de execução da meta que a solução é aumentar a meta. Nós já temos um rombo fiscal gravíssimo no Brasil", criticou, ao acrescentar que as dificuldades pelas quais passa o país "não podem gerar, por parte do Parlamento, mudanças que ampliem gastos."

Maia defendeu que a denúncia contra o presidente Michel Temer seja votada logo para que o Congresso possa voltar ao tema das reformas.

"É com elas que vamos conseguir superar esse déficit fiscal."

Ele veio à capital paulista para um almoço com o prefeito em exercício, Milton Leite (DEM), que ocupa interinamente o cargo com a viagem do prefeito João Doria (PSDB) à China e o afastamento do vice-prefeito Bruno Covas (PSDB) por motivos pessoais.

Além de Maia, participaram o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia, deputados e vereadores do partido. Legendas da base aliada pressionam o Planalto a alterar a meta, que, atualmente prevê um déficit de R$ 139 bilhões.

Perguntado se o governo federal poderia negociar uma mudança em troca de maior apoio à reforma da Previdência, o presidente da Câmara dos Deputados desconversou.

"Se a reforma da Previdência for aprovada, a gente vai ter um crescimento econômico mais rápido no curto prazo e resolve o problema do déficit."

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