Economia

MP prevê R$ 8 bilhões do Tesouro para Minha Casa Melhor

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que o desembolso total da linha de crédito do programa Minha Casa Melhor pode chegar a R$ 18,750 bilhões

Governo anuncia programa "Minha Casa Melhor", linha de crédito para compra de móveis e eletrodomésticos por beneficiários do "Minha Casa, Minha Vida" (Agência Brasil)

Governo anuncia programa "Minha Casa Melhor", linha de crédito para compra de móveis e eletrodomésticos por beneficiários do "Minha Casa, Minha Vida" (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 14h57.

Brasília - O Ministério das Cidades informou que a medida provisória que trata do programa Minha Casa Melhor prevê a capitalização da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 8 bilhões, dos quais apenas R$ 3 bilhões se referem à linha de crédito para compra de móveis e eletrodomésticos.

O ministério não soube informar qual será a aplicação dos R$ 5 bilhões restantes. Embora o Banco do Brasil também opere o programa, não será necessário capitalizar esse banco estatal, pois ele atuará apenas como correspondente, segundo o ministério.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, afirmou que o desembolso total da linha de crédito do programa Minha Casa Melhor pode chegar a R$ 18,750 bilhões.

O número de beneficiários seria de 3,750 milhões de famílias, com R$ 5 mil de crédito por imóvel - o volume diverge do informado na nota do ministério, que era de 3,4 milhões de beneficiários. Hoje, há 1,2 milhão de imóveis entregues, que é o número de famílias que já podem utilizar a linha de financiamento.

Segundo o ministro, o Tesouro Nacional vai bancar integralmente a linha de crédito. Não haverá uso de dinheiro do FGTS. O ministro não informou qual será o custo para o Tesouro com o subsídio ao programa, que tem juros de 5% ao ano.


Ele assegurou que o programa não vai comprometer a meta de superávit primário do governo. "O Tesouro tem absoluta tranquilidade de que, ao participar do programa, não haverá comprometimento", afirmou, negando ainda que o anúncio esteja relacionado à queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. "Uma coisa não tem nada a ver com outra."

Exigências

O diretor de Cartões e Seguros da Caixa, Mário Ferreira Neto, informou que a MP prevê a capitalização por meio de "instrumento híbrido de capital" para garantir que o banco fique enquadrado dentro das exigências de patrimônio de referência. Ele disse não saber o valor inicial do aporte.

Segundo a Caixa, os clientes podem procurar o banco a partir de amanhã, 13, para contratar a linha de crédito. O cartão será enviado para a casa do cliente em um prazo de até dez dias. Quase 13 mil lojas estão pré-cadastradas. "Elas precisam aderir ao programa e se comprometem a comercializar dentro das regras, inclusive com 5% de desconto", explicou. As lojas irão, todo mês, enviar à Caixa uma lista dos produtos vendidos, para que o banco possa acompanhar o programa e fazer uma estatística.

O diretor avalia que o programa será uma forma de motivar os clientes inadimplentes a regularizar sua situação. A taxa de dívidas não pagas do Minha Casa Minha Vida está no mesmo patamar das demais linhas de crédito do banco, informou Ferreira Neto.

Acompanhe tudo sobre:BancosCaixaEmpresasGoverno DilmaHabitação no BrasilMinha Casa Minha VidaMinistério das CidadesTesouro Nacional

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs