Economia

'Movimentos especulativos são coibidos com intervenção', diz Haddad sobre câmbio flutuante e dólar

Moeda americana opera em alta e encosta nos R$ 6,17, de olho em pacote fiscal no Brasil

Agência o Globo
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Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 12h52.

Última atualização em 18 de dezembro de 2024 às 13h18.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira, 18, que o câmbio flutuou por conta de pendências e afirmou acreditar que o dólar irá se acomodar.

"Nós temos um câmbio flutuante e, neste momento que as coisas estão pendentes, tem um clima de incerteza que faz o câmbio flutuar. Mas eu acredito que ele vai se acomodar", disse ele, ao deixar o prédio da pasta.

O dólar opera em alta nesta quarta-feira, já tendo chegado perto dos R$ 6,17 por volta das 11h. As atenções dos investidores seguem com o pacote fiscal do governo.

"Até aqui, nas conversas com as grandes instituições, as previsões são melhores do que os especuladores estão fazendo. Mas, enfim, o câmbio flutua", afirmou.

O ministro diz que o câmbio flutua e que o Banco Central tem intervido inclusive com recompra hoje. O ministro, perguntado se estaria havendo um ataque especulativo no Brasil, afirmou:

"Há contatos conosco falando em especulação. Eu prefiro trabalhar com os fundamentos mostrando a consistência do que estamos fazendo. Pode estar havendo, mas não estou aqui querendo fazer juízo sobre isso. Esses movimentos mais especulativos são coibidos com intervenção do Tesouro e do Banco Central".

Haddad diz ser importante cuidar no curto prazo, com os juros e dólar, mas é preciso olhar no longo prazo e que, por isso, a aprovação da reforma tributária foi um feito histórico

Haddad vai se reunir, em almoço, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e líderes da Casa. Segundo ele, a conversa é para ver a hora limite para o Senado votar o pacote fiscal.

Segundo ele, o pacote tem de ser votado para permitir que o Orçamento seja analisado.

Na noite desta terça, a Câmara dos Deputados aprovou uma primeira parte do pacote de corte de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso. O texto aprovado proíbe a ampliação de benefícios tributários quando as contas públicas tiverem um desempenho negativo. O projeto segue para o Senado.

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