Economia

Mourão procura reforçar laços com China para atrair novos investimentos

Durante conferência em Pequim, Mourão destacou medidas tomadas pelo governo para atrair novos investimentos, como a redução de barreiras tarifárias

Mourão: A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 (Ricardo Moraes/Reuters)

Mourão: A China é o principal parceiro comercial do Brasil desde 2009 (Ricardo Moraes/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de maio de 2019 às 11h45.

Pequim — O vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, apostou nesta quarta-feira em fortalecer os laços com a China, país que classificou como "importante parceiro na recuperação econômica" brasileira e ao qual ofereceu "oportunidades de investimento" em setores como infraestruturas e energia.

Mourão participou de uma conferência realizada em Pequim por causa do 15° aniversário do Conselho Empresarial China-Brasil, no qual explicou que os empresários do Brasil "desejam ampliar e melhorar a relação bilateral". Ele disse que o futuro prepara "uma posição ainda mais elevada para as relações entre o Brasil e a China", que com sua visita entram em uma "nova etapa ainda mais promissora" marcada por uma agenda "dinâmica" que reforce a confiança entre ambas as nações.

O Brasil, reiterou o vice-presidente, considera estratégicos os laços com a China e concede prioridade, embora tenha dito que os objetivos comuns - "mais comércio, investimento e empregos" para ambas as partes - requeriam a participação do setor empresarial.

Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e o volume de negócios na balança comercial entre ambos chegou a US$ 98,9 bilhões no ano passado, segundo dados oficiais. De fato, Mourão comemorou que o fluxo comercial registrado em 2018 com a China foi "o maior da história do Brasil com qualquer país".

O político destacou o crescente investimento procedente da China para seu país, especialmente no setor de infraestruturas, embora tenha citado também "as exportações e o setor energético" como campos que apresentam oportunidades para o gigante asiático.

Nesta relação comercial, o Brasil tentará redirigir os investimentos chineses a "setores de interesse" como ciência, tecnologia e inovação.

Para atrair mais investimento estrangeiro, Mourão destacou algumas medidas tomadas pelo novo governo com o objetivo de "melhorar o entorno de negócios, de investimento e de desenvolvimento tecnológico" como a redução de barreiras tarifárias e não tarifárias, o aumento de trocas de bens e serviços e planos para fazer o mercado brasileiro "mais atrativo e seguro" para os capitais estrangeiros.

"Este governo foi eleito para pôr de novo o Brasil no caminho do desenvolvimento econômico. Agilizaremos a integração do Brasil na economia mundial", acrescentou.

O vice-presidente afirmou que Jair Bolsonaro visitará a China na segunda metade deste ano e que o presidente chinês, Xi Jinping, irá ao Brasil para participar da cúpula dos Brics deste ano, prevista para novembro.

Ao encontro também esteve presente o presidente brasileiro do Conselho Empresarial China-Brasil, Luiz Augusto de Castro Neves, que destacou que a China desempenhará um papel central para a "retomada do desenvolvimento econômico" com oportunidades em setores-chave como o energético e o agropecuário, cooperando em campos como energia renovável, veículos elétricos e proteção do meio ambiente.

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