Economia

Mourão defende subsídio para controlar preço de combustível

Vice-presidente sugeriu utilização de dividendos e royalties durante guerra entre Rússia e Ucrânia

 (Alan Santos/PR/Reuters)

(Alan Santos/PR/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de março de 2022 às 11h38.

Última atualização em 9 de março de 2022 às 11h51.

O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu nesta quarta-feira a criação de um subsídio para controlar o preço dos combustíveis, diante da disparada do valor do barril de petróleo no mercado internacional devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. Mourão sugeriu que sejam utilizados dividendos e royalties para evitar uma alta maior.

"Na minha opinião, a linha de ação que causasse menos danos a posteriori seria usar os recursos de royalties e dividendos para dar um subsídio ao combustível durante um período devidamente qualificado", afirmou o vice-presidente, ao chegar no Palácio do Planalto.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

Mourão estimou que a medida poderia custar até R$ 14 bilhões e que poderia durar por até quatro meses.

"Acho que isso daria uns R$ 13, R$ 14 bilhões durante três, quatro meses, até que essa situação do conflito amainasse, consequentemente o preço do petróleo voltasse a um nível mais adequado.

Em reunião na terça-feira no Planalto, ministros do governo Jair Bolsonaro avançaram nas negociações para criar subsídio para segurar o preço dos combustíveis.

Hoje, a estatal pratica o que é chamado de paridade de preço internacional, que leva em consideração os valores do barril de petróleo e do dólar para definir o preço dos combustíveis no mercado interno. Essa política é alvo agora do governo Bolsonaro e do Congresso.

O Ministério da Economia ainda resiste à criação do subsídio, e defende a redução de impostos federais sobre o diesel e mudanças na cobrança do ICMS.

O Senado pode votar nesta semana um projeto que trata do assunto e a tendência do governo é esperar a aprovação dessa proposta antes de apresentar uma medida concreta para os combustíveis.

As sanções à Rússia causadas pela invasão na Ucrânia estão fazendo o barril de petróleo disparar, abrindo a possibilidade de reajustes de mais de 20% nos preços de combustíveis no mercado interno.

LEIA MAIS

Acompanhe tudo sobre:CombustíveisGasolinaHamilton Mourão

Mais de Economia

CNI pede ao governo para negociar com os Estados Unidos adiamento da tarifa por 90 dias

Rui Costa diz que governo não tem 'proposta alternativa' sobre IOF

Inflação na Argentina surpreende e tem alta menor do que o esperado em junho

Decreto que regulamenta Lei da Reciprocidade será assinado hoje por Lula, diz Rui Costa