Economia

Moscovici: saída grega do euro teria reflexo "imprevisível"

Segundo o ministro francês das Finanças, seu país quer "fazer tudo" para evitar este cenário

O ministro das Finanças Pierre Moscovici: "uma saída da Grécia poderia causar um contágio da crise de proporções imprevisíveis e, talvez, impossível de se administrar" (David Gannon/AFP)

O ministro das Finanças Pierre Moscovici: "uma saída da Grécia poderia causar um contágio da crise de proporções imprevisíveis e, talvez, impossível de se administrar" (David Gannon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 07h44.

Paris - A saída da Grécia da zona do euro provocaria um contágio da crise de proporções "imprevisíveis", e a França quer "fazer tudo" para evitar este cenário, declarou nesta segunda-feira o ministro francês das Finanças, Pierre Moscovici, em entrevista à AFP.

"Tudo deve ser feito para ajudar as forças pró-europeias e pró-euro na Grécia", afirmou Moscovici, propondo "medidas para reativar o crescimento e devolver a esperança aos gregos".

"Uma saída da Grécia poderia causar um contágio da crise de proporções imprevisíveis e, talvez, impossível de se administrar", advertiu.

O ministro francês destacou que fala a "mesma língua" que seu homólogo alemão, Wolfgang Schäuble.

Moscovici e Schäuble afirmaram nesta segunda-feira, em entrevista coletiva conjunta, que "farão todo o possível para manter a Grécia" na zona do euro.

"Este é um discurso muito positivo por parte de Schäuble", destacou o ministro francês após se reunir com seu colega alemão.

Pierre Moscovici disse ainda que há compromissos "possíveis" com a Alemanha sobre várias propostas francesas para relançar o crescimento na Europa, apesar dos dois países discordarem sobre os "eurobônus".

"Há vários compromissos possíveis", afirmou Moscovici, citando especialmente um reforço de capital do Banco Europeu de Investimentos (BEI), a mobilização de fundos estruturais sem utilização e a criação de uma taxa europeia sobre transações financeiras.

O ministro admitiu que persiste um "desacordo maior" com a Alemanha sobre a questão dos "eurobônus", defendidos pelo presidente François Hollande mas rejeitados pela chanceler Angela Merkel.

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