Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Eris esteve à frente do Banco Central entre março de 1990 e maio de 1991

Eris também foi vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) (Claudio Versiani/VEJA)

Eris também foi vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) (Claudio Versiani/VEJA)

Agência o Globo
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Publicado em 8 de novembro de 2024 às 21h34.

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O ex-presidente do Banco Central do Brasil (BC) Ibrahim Eris morreu nesta sexta-feira, 8, aos 80 anos. Um dos criadores do Plano Collor, o economista esteve à frente da instituição entre março de 1990 e maio de 1991, durante a presidência de Fernando Affonso Collor de Mello e com a gestão de Zélia Maria Cardoso de Mello no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.

Eris também foi vice-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e atuou como consultor de investimentos.

Em nota, a diretoria do Banco Central disse que "recebeu com pesar a notícia do falecimento do economista Ibrahim Eris. Ex-presidente do Banco Central entre março de 1990 e maio de 1991, Eris não mediu esforços no trabalho de assegurar para a sociedade brasileira uma economia estável e com inflação controlada.

Por onde passou, Eris deixou sua marca de alto profissionalismo e empenho no que fazia. A Diretoria do Banco Central presta suas condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Eris neste momento de dor".

Início da carreira

Nascido na Turquia, em 1945, Ibrahim Eris se formou em economia e estatística pela Middle East Technical University e cursou um doutorado no mesmo tema na Universidade de Vanderbilt, em 1966.

Veio para o Brasil em 1973 e logo se tornou professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Nesse período, foi professor de grandes nomes da Economia brasileira, como Aloizio Mercadante, atual presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Persio Arida, um dos idealizadores do Plano Real.

Na década de 70 se tornou vice-presidente do Ipea e colaborou com diversos trabalhos para Antônio Delfim Netto, então ministro do Planejamento.

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