Economia

Morgan Stanley diz que é hora de olhar para emergentes

A melhor opção para investidores, segundo previsões do banco, é a dívida de mercados emergentes, inclusive títulos lastreados em ativos.


	Morgan Stanley: Os títulos de mercados emergentes, que já estão chamando mais atenção dos investidores, também terão um bom desempenho, segundo o banco.
 (Ramin Talaie/Getty Images/AFP)

Morgan Stanley: Os títulos de mercados emergentes, que já estão chamando mais atenção dos investidores, também terão um bom desempenho, segundo o banco. (Ramin Talaie/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 18h39.

Já que agir com cautela está ficando muito caro, agora é um bom momento para investidores assumirem alguns riscos calculados.

Esse é o veredicto de analistas do Morgan Stanley dirigidos por Andrew Sheets, que disseram que a melhor opção para investidores é a dívida de mercados emergentes, inclusive títulos lastreados em ativos. Esses ativos oferecem “um carry de qualidade”, isto é, eles têm yields reais positivos e se beneficiam com “um amortecedor fundamental” contra a inflação e o baixo crescimento, segundo os analistas.

Esses ativos devem se sair bem se forem certas as projeções do Morgan Stanley de um crescimento decepcionante nos mercados em desenvolvimento, um enfraquecimento do dólar americano e adiamento – até 2017 – do Federal Reserve (Fed) para aumentar as taxas de juros, disseram os analistas.

É uma abordagem mais pragmática do que aquela do copo meio cheio. Além disso, como o fluxo de entrada de dinheiro para ativos de mercados desenvolvidos não faz mais do que baixar cada vez mais os yields de papéis, essa abordagem já é atraente.

Os analistas disseram:

“Os ativos ‘de valor’ são desafiados pelas nossas previsões para o crescimento, o petróleo, as taxas e as moedas”. Os ativos ‘defensivos’ já são ricos. Acreditamos que este contexto favorece o ‘carry de qualidade’ – ativos que podem superar a inflação, com certa proteção contra um enfraquecimento do crescimento. Produtos securitizados e taxas locais de mercados emergentes são adequados para isso”.

A dívida securitizada, que inclui papéis lastreados em empréstimos empresariais com nota de crédito de grau especulativo e hipotecas para imóveis comerciais, vem correndo atrás de um rali no crédito americano e europeu. Contudo, o crescimento mais fraco ajudará os ativos estruturados a ter um desempenho superior à média no futuro, disseram os analistas.

Os títulos de mercados emergentes, que já estão chamando mais atenção dos investidores, também terão um bom desempenho.

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