No geral, nós vemos um ambiente mais benigno para o setor de aço no Brasil, disse a vice-presidente da agência (./Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de março de 2018 às 14h03.
O setor siderúrgico do Brasil deve continuar a passar por uma reação em 2018, em meio a um aumento na demanda, mas o crescente protecionismo pode ser uma preocupação maior mais adiante, na avaliação da Moody's.
A agência aponta em nota que a produção de aço bruto no Brasil está atualmente em níveis acima de 2012 e 2013, com a melhora nas vendas domésticas e na demanda. O ambiente macroeconômico "benigno" permitirá que as maiores siderúrgicas do País, Gerdau, Usiminas e CSN, melhorem seu mix de produtos e direcionem volumes maiores para o mercado doméstico, afirma a Moody's.
"No geral, nós vemos um ambiente mais benigno para o setor de aço no Brasil", afirma Barbara Mattos, vice-presidente da agência.
Mais adiante, contudo, práticas comerciais protecionistas ameaçam as exportações de aço brasileiras para os EUA em 2018 e para além disso, enquanto o aumento da competição doméstica no Brasil também pode levar exportações para outros países com mercados mais abertos, aponta a Moody's.
Ela espera que as tarifas americanas tenham "implicações mistas" para as maiores siderúrgicas nacionais, com maior competição doméstica de importações para a Usiminas e a CSN e aumento nos custos para as operações da CSN nos Estados Unidos. Elas devem, porem, beneficiar a Gerdau, que já consegue uma receita significativa com as operações nos EUA, diz a agência.