Economia

Moody's reafirma rating dos EUA em Aaa, com perspectiva estável

Agência disse que parecer reflete a força econômica "excepcional" e as instituições do país, além da baixa exposição a choques relacionados a crédito

EUA: Moody's destacou que Executivo e Legislativo serão desafiados a realizar mudança pronunciada na política fiscal (Timothy A. Clary/AFP/AFP)

EUA: Moody's destacou que Executivo e Legislativo serão desafiados a realizar mudança pronunciada na política fiscal (Timothy A. Clary/AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 21h38.

A agência de classificação de risco Moody's reafirmou a nota de crédito de longo prazo dos Estados Unidos em Aaa e manteve a perspectiva estável.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Moody's comenta que a manutenção do rating dos EUA em Aaa "reflete a força econômica excepcional" do país, a força muito alta das instituições americanas e a exposição muito baixa dos EUA a choques relacionados a crédito, "dados os papéis únicos e centrais do dólar e do mercado de títulos do Tesouro americano no sistema financeiro global". Para a agência, essas características contrabalançam a força fiscal mais baixa do país, embora ela ainda seja alta.

Para a Moody's, a credibilidade e a eficácia da política monetária é um "pilar fundamental" da força institucional dos EUA. A formulação de políticas fiscais, no entanto, é menos robusta do que outros países que também têm rating "Aaa" e, de acordo com a agência, "a experiência nos últimos anos sugere que os poderes Legislativo e Executivo dos EUA serão desafiados a realizar uma mudança pronunciada na política fiscal para enfrentar as crescentes pressões".

O principal motivador para a perspectiva estável, de acordo com a Moody's, "é a visão de que a diversidade, o dinamismo e a competitividade da economia americana, juntamente com o status do dólar como principal moeda de reserva internacional, além da profundidade grande do mercado de títulos públicos dos EUA "compensam o aumento das pressões fiscais decorrentes de gastos relacionados ao envelhecimento, a pagamentos mais alto do serviço da dívida e a ações políticas recentes, que provavelmente reduzirão as receitas futuras e aumentarão os gastos".

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Agências de ratingMoody's

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025