Economia

Moody's vê exaustão em crescimento via consumo no Brasil

O sentimento entre os consumidores e investidores piorou significativamente nos últimos três anos, segundo relatório


	Eletrodomésticos: esse é um dos setores vulneráveis, segundo a agência
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Eletrodomésticos: esse é um dos setores vulneráveis, segundo a agência (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 09h40.

São Paulo - Embora a perspectiva de longo prazo para a classe média brasileira permaneça positiva, o sentimento entre os consumidores e investidores piorou significativamente nos últimos três anos, segundo relatório da Moody's sobre América Latina, denominado "Latin America's Middle Class Growth Slows, Tempering Prospects for Retailers, Banks and Homebuilders".

A agência de classificação de risco aponta que os setores mais vulneráveis são o de construção civil, siderurgia, automotivo e fabricantes de eletrodomésticos.

"O crescimento econômico conduzido pelo consumo alcançou um ponto de exaustão", indica a agência sobre o Brasil. Diante deste cenário, a Moody's acredita em uma baixa da concessão de crédito, taxas de juros elevadas e aumento do endividamento das famílias.

"O setor de construção civil e segmentos relacionados muito provavelmente estão vulneráveis, assim como determinados setores industriais como siderurgia, montadoras de automóveis e fabricantes de eletrodomésticos", destacou a agência.

A qualidade das garantias nas securitizações, de acordo com a Moody's, também deverá se enfraquecer à medida que financiadores afrouxem os padrões de subscrição para acelerar as originações.

A Moody's detalhou no relatório o desempenho de outras economias da América Latina, como Argentina, Chile, Peru, México e Colômbia, e apontou que o crescimento econômico da região está desacelerando, afetado negativamente tanto por consumo como por investimento.

A projeção da agência é de que a expansão na Argentina, Brasil, Chile e Peru fique abaixo da taxa média de crescimento registrada durante o período de 2004 a 2013. O México será o único país a apresentar evolução superior à sua média histórica.

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