Economia

Mario Monti anuncia reduções fiscais inesperadas na Itália

Premiê italiano anunciou uma redução do imposto de renda para ajudar aqueles que ganham pouco, dando um raro auxílio a famílias em dificuldades


	O primeiro-ministro Mario Monti, da Itália
 (Getty Images)

O primeiro-ministro Mario Monti, da Itália (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 08h04.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, anunciou uma redução do imposto de renda para ajudar aqueles que ganham pouco, dando um raro auxílio a famílias em dificuldades antes de eleições parlamentares no próximo ano.

A medida inesperada foi apresentada nas primeiras horas de quarta-feira após uma longa reunião do gabinete, junto com um aumento de 1 ponto percentual no imposto sobre valor agregado e uma série de cortes de gastos.

O pacote completo de medidas de estímulo e cortes, avaliado em um total de 11,6 bilhões de euros, tem o objetivo de manter a Itália no caminho para cumprir as metas de orçamento definidas com a União Europeia.

Monti disse que a redução fiscal mostra que as dolorosas medidas de austeridade implementadas por sua administração começam a produzir resultados.

"Hoje podemos ver que a disciplina orçamentária compensa e faz sentido (porque)... podemos nos permitir algum alívio moderado", disse ele a repórteres após a reunião.

O corte de 1 ponto percentual nos impostos cobrados dos dois grupos de menor renda deve custar 5 bilhões de euros, de acordo com uma fonte do Tesouro.

O imposto de renda cairá de 23 para 22 por cento para aqueles que ganham menos de 15.000 euros por ano, e de 27 para 26 por cento para salários entre 15.001 e 28.000 euros. As cobranças para as outras três bandas permanecerão inalteradas.

Com isso, as expectativas de que o governo eliminaria uma alta planejada de 2 pontos percentuais no imposto sobre valor agregado, que entrará em vigor em junho do próximo ano, não se concretizaram. Mas o aumento foi limitado a 1 ponto.

A severa austeridade adotada por Monti desde que ele assumiu em novembro exacerbou uma recessão de dois anos na terceira maior economia da zona do euro e tem sido foco de críticas por todas as facções políticas.

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