Montadoras: dados da produção de veículos em setembro são publicados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2017 às 06h30.
Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 07h32.
A quinta-feira deve ser mais um dia de bons números para a indústria automotiva, em contraste com outros setores que deram uma amostra — na divulgação de números no início da semana — de como a recuperação do país ainda é lenta. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores publica hoje os dados da produção de veículos em setembro.
Na terça-feira, a Fenabrave informou que a venda de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceu 24,5% em setembro, na comparação com o mesmo período de 2016. No acumulado do ano, foram vendidos 1,62 milhão de veículos novos no país – uma alta de 7,36% sobre o verificado no mesmo período do ano passado.
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Os números da produção de veículos serão conhecidos após o IBGE informar, na terça-feira, que a produção industrial caiu 0,8% em agosto sobre o mês anterior. O resultado contrariou as expectativas da maioria dos economistas e interrompeu quatro meses consecutivos de expansão.
Especialistas afirmaram que a queda foi pontual e ressaltaram que ela aconteceu em apenas oito dos 24 ramos pesquisados. Mesmo assim, o aspecto mais preocupante é a lentidão dessa retomada.
Atualmente, a indústria ainda está quase 20% abaixo do nível recorde, de 2013. Se o nível atual de retomada for mantido, a indústria levará quase sete anos para voltar aos patamares de 2013.
Por enquanto, a produção de automóveis tem sido o principal destaque da retomada da indústria, mês após mês. O setor tem se recuperado de tal maneira que no mês passado a Anfavea revisou as projeções para o ano.
A expectativa atual é que o total de veículos comercializados em 2017 chegue a 2,20 milhões de unidades, alta de 7,3% em relação à 2016, mas ainda 43% abaixo do pico de 3,8 milhões de carros vendidos cinco anos atrás.
Para uma retomada mais firme da economia, no entanto, é preciso que os demais setores também avancem com maior velocidade.