Economia

Montadoras preveem melhora nas vendas no 2º semestre

Segundo vice-presidente corporativo da GM, 1o semestre foi ruim por conta da taxa básica de juros e maior seletividade dos bancos na concessão de financiamentos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2014 às 16h41.

Sorocaba - Os executivos do setor automotivo preveem um segundo semestre melhor, em termos de vendas, em razão de fatores sazonais e do maior número de dias úteis.

Mesmo assim, os representantes das montadoras que participam do seminário Revisão das Perspectivas 2014, promovido pela Autodata, se mantêm cautelosos.

"As vendas vão ficar um pouco melhor, algo em torno de 2%, 3%, no segundo semestre (na comparação com o mesmo período do ano passado). Eu tenho uma convicção muito forte de que não faltam clientes, o que há é uma conjuntura de fatores que está impedindo esses clientes de comprar", comenta Marcos Munhoz, vice-presidente corporativo da GM.

Entre esses fatores, ele cita a alta da taxa básica de juros (Selic) e a maior seletividade dos bancos na concessão dos financiamentos.

Para Olivier Murguet, presidente da Renault, julho ainda terá números ruins, mas os meses subsequentes serão melhores. "Eu ficaria satisfeito se agosto e setembro tivessem as mesmas vendas do ano passado", afirma.

Já Fabrício Biondo, diretor de marketing da PSA Peugot Citroën, diz que o mercado passa por um ajuste natural em meio à desaceleração da economia, e após crescer bem por dez anos seguidos. "É um ajuste, no longo prazo nós vamos continuar investindo", garante.

Entre as principais preocupações do setor estão as exportações para a Argentina, que caíram fortemente no primeiro semestre, mas devem melhorar após um acordo entre os governos argentino e brasileiro.

"Os exportadores estão sendo muito prejudicados pela situação na Argentina, espero que agora melhore", diz Antônio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen.

No caso da Renault, onde as exportações respondem por quase 25% das vendas, Murguet não se mostra muito otimista com a crise do país vizinho. "O segundo semestre deve continuar fraco, ainda não temos uma visão muito clara".

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