Economia

Modelo de parceria para Angra 3 deverá ser definido em dezembro

Parceiro potencial tem que ter comprovada experiência na construção de usinas nucleares, acesso a recursos e trazer novos financiamentos

Angra 3: Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ) (Brazil Photos/Getty Images)

Angra 3: Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ) (Brazil Photos/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 16h54.

Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 16h56.

São Paulo — O modelo de parceria com o setor privado que permitirá a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3 deverá ser definido em dezembro, disse hoje (26) o assessor da Diretoria Técnica da Eletronuclear, Roberto Travassos.

"Esse parceiro potencial tem que ter comprovada experiência internacional na construção de usinas nucleares, deve ter acesso a recursos e trazer novos financiamentos", afirmou Travassos, em palestra no 5º Seminário sobre Energia Nuclear: Aspectos Econômicos, Políticos e Ambientais, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Ontem (25), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o modelo de negócios para Angra 3 deverá ser apresentado nas próximas semanas.

"O BNDES está trabalhando junto com o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] e acreditamos que, numa questão de semanas, podemos apresentar esse modelo para o mercado", disse, após participar do seminário Perspectivas e Desafios para a Infraestrutura Brasileira, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro,

Angra 3

Angra 3 será a terceira usina da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, localizada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ). Segundo a Eletronuclear, quando entrar em operação comercial, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro.

Mais de 60% da Usina de Angra 3 foi construída, a um custo de quase R$ 10 bilhões. Para concluir a obra faltam mais R$ 15 bilhões em investimentos, que devem vir do parceiro privado, que será selecionado a partir da definição do modelo. A previsão é que as obras sejam retomadas em 2020 e concluídas em 2026.

Acompanhe tudo sobre:EletrobrasEnergiaEnergia nuclearRio de Janeiro

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições