Economia

Ministro sinaliza que não haverá mudanças para zona do euro

Apesar da vitória na eleição, Merkel carece de uma maioria absoluta no Parlamento e deve formar uma "grande coalizão" com os Democratas Sociais da oposição


	O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble: "temos mantido nossas políticas do euro. Isso precisa permanecer nos interesses da Alemanha e do nosso futuro"
 (AFP/ Odd Andersen)

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble: "temos mantido nossas políticas do euro. Isso precisa permanecer nos interesses da Alemanha e do nosso futuro" (AFP/ Odd Andersen)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 09h00.

Berlim - O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, sinalizou nesta terça-feira que o país não irá mudar o rumo de suas políticas para a zona do euro após os conservadores da chanceler Angela Merkel garantirem o melhor resultado eleitoral em mais de duas décadas, no domingo.

"Temos mantido nossas políticas do euro. Isso precisa permanecer nos interesses da Alemanha e do nosso futuro", disse ele em entrevista ao jornal regional Leipziger Volkszeitung, na qual descreveu Merkel como "uma das personalidades centrais da Europa".

Apesar da vitória na eleição, Merkel carece de uma maioria absoluta no Parlamento e deve formar uma "grande coalizão" com os Democratas Sociais da oposição, que defendem um foco maior em estimular o crescimento econômico.

Isso tem levantado esperanças entre alguns governos da zona do euro, especialmente no sul, de que um novo governo liderado por Merkel possa dar menos foco a dolorosas medidas de austeridade para superar a crise da dívida do bloco.

Questionado se haveria mais dinheiro para o crescimento e empregos no sul da Europa, Schaeuble --o principal defensor dos cortes de gastos e aumentos de impostos-- afirmou que políticas financeiras sensatas e reformas estruturais, e não déficits mais elevados, são a melhor maneira de conseguir isso.

"Países com sólido cenário financeiro têm um desenvolvimento da economia melhor e mais sustentável", disse Schaeuble.

"A Espanha é um bom exemplo disso, mas a Grécia também está no caminho certo", afirmou ele, referindo-se às recentes melhoras em alguns indicadores de duas das economias mais fracas da zona do euro.

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