Economia

Ministro diz que é impossível dizer valor da privatização da Eletrobras

O ministro de Minas e Energia afirmou que o mercado espera pela privatização da Eletrobras prevista para o 2º semestre de 2020

Eletrobras: orçamento da União estima 16,2 bilhões de reais com privatização (Dado Galdieri/Bloomberg)

Eletrobras: orçamento da União estima 16,2 bilhões de reais com privatização (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 12h56.

Última atualização em 25 de novembro de 2019 às 18h30.

Rio de Janeiro — Embora o orçamento da União estime 16,2 bilhões de reais de arrecadação com o processo de privatização da Eletrobras , é "impossível" dizer agora qual será o valor da desestatização, disse nesta segunda-feira o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Ele disse ainda que não quer e não pode dizer quanto a Eletrobras vale, e o mercado também tem que esperar pela operação de privatização, prevista para o segundo semestre de 2020.

Uma fonte próxima do processo de desestatização da elétrica disse à Reuters, na semana passada, que o governo federal calibrou mal no Orçamento de 2020 a receita que espera receber do processo de capitalização da Eletrobras, que estaria superestimada em cerca de 25%.

O ministro disse ainda esperar que tramitação do projeto de privatização da Eletrobras possa ser mais célere no Congresso, após esclarecimentos prestados pelo Executivo, que iniciou na última semana conversas com o Senado sobre o tema.

Investimentos

O ministro também disse que o setor elétrico brasileiro vai demandar investimentos de cerca de R$ 450 bilhões até 2029 em novas plantas de geração e transmissão de energia. Segundo ele, os investimentos são necessários, pois o crescimento estimado em geração energética é de 35% e, em transmissão, de 39%.

"Para que isso aconteça, temos trabalhado arduamente para atrair investimentos e identificar os custos e benefícios reais das diversas fontes de geração de energia", afirmou Bento Albuquerque no seminário Perspectivas e Desafios para a Infraestrutura Brasileira, promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

"A visão estratégica que estamos seguindo consiste em investir ainda mais na diversificação de nossa matriz energética, aumentando a inserção de fontes renováveis e limpas com maior racionalidade econômica. Investimentos privados nacionais e estrangeiros são necessários e bem-vindos para impulsionar o setor de energia e a economia brasileira em geral", completou o ministro.

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