Economia

Ministro alemão quer ajuda limitada a 800 bi de euros

Segundo Wolfgang Schaeuble, ministro das Finanças alemão, os recursos só devem ficar disponíveis quando os países prometerem reformas

Wolfgang Schaeuble prometeu confrontar os EUA na próxima reunião do G-20 (Getty Images)

Wolfgang Schaeuble prometeu confrontar os EUA na próxima reunião do G-20 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 18h54.

Copenhague - A zona do euro não deve comprometer mais do que 800 bilhões de euros em auxílio de emergência, e os recursos só devem ficar disponíveis quando os países prometerem reformas, afirmou nesta quinta-feira o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble.

A barreira financeira estaria pronta para ajudar as maiores e mais endividadas economias do bloco, especialmente Itália e Espanha. O encontro dos ministros das Finanças da zona do euro em Copenhague deve concluí-la nesta sexta-feira, colocando em prática uma das grandes medidas da região em resposta à crise.

"Nós temos 500 bilhões de euros em dinheiro novo disponível, junto com os programas já acertados para Irlanda, Portugal e agora Grécia. São cerca de 800 bilhões de euros", disse Schaeuble em um evento realizado em uma universidade de Copenhague.

"Acho (o valor) suficiente", afirmou o ministro alemão, a respeito de apelos recentes por uma reserva financeira de até 1 trilhão de euros que poderia impressionar investidores. "Gastar mais dinheiro não é a solução", acrescentou.

Schaeuble, que tem grandes chances de assumir o influente posto de presidente dos encontros entre ministros das Finanças da zona do euro neste ano, afirmou também que ajudas não virão sem reformas.

"Nós esperamos construir uma estabilidade segura e social", disse. "A condição para que isso seja possível é que cada Estado-membro recupere competitividade", acrescentou, em referência a programas de reforma em Itália e Espanha.

"Na Espanha, reforma trabalhista é necessidade absoluta. Você não deve ficar surpreso quando vê 48 por cento de desemprego entre os jovens, ao olhar as leis trabalhistas", disse Schaeuble.

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