Economia

Ministro alemão espera que FMI participe de resgate da Grécia

O FMI disse estar disposto em retomar os empréstimos caso os gregos aceitem reformas mais duras

Grécia: Atenas quer uma série de concessões antes de concordar em aumentar impostos e implementar cortes de pensões, incluindo alívio da dívida (Aris Messinis/AFP)

Grécia: Atenas quer uma série de concessões antes de concordar em aumentar impostos e implementar cortes de pensões, incluindo alívio da dívida (Aris Messinis/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 17h22.

Berlim - O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schauble, disse hoje que está confiante de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) vá participar do programa de resgate da Grécia.

Em uma entrevista ao canal ARD, ele afirmou que em 2015 o FMI já havia se comprometido em participar do programa, caso a Grécia cumprisse a promessa de reformas. "E eu espero que isso aconteça nas próximas semanas", disse.

Os comentários vêm em um momento em que Atenas tem rejeitado propostas recentes de seus credores.

O FMI disse estar disposto em retomar os empréstimos caso os gregos aceitem reformas mais duras.

Mas Atenas quer uma série de concessões antes de concordar em aumentar impostos e implementar cortes de pensões, incluindo alívio da dívida.

A perspectiva de um longo confronto entre a Grécia e seus credores tem levantado temores sobre uma possível saída do país da União Europeia (Grexit), o que resultou em ondas de vendas de bônus gregos.

Schauble disse que acredita que a Grécia está no caminho certo. O ministro também minimizou declarações em que ele alertou que o país pode deixar o bloco caso não implemente as reformas.

"Eu nunca fiz nenhuma ameaça", disse o ministro, defendendo que ele apenas tem repetido as mensagens que a Grécia vem recebendo de autoridades do FMI e do Mecanismo de Estabilidade Europeia - um fundo de resgate da zona do euro com sede em Luxemburgo.

"Se a Grécia conduzir as reformas, não teremos nenhum problema. Caso contrário, teremos problemas, mas eles farão as reformas", disse.

Fonte: Dow Jones Newswires

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