Economia

Ministro da Agricultura rebate crítica da CNA ao Plano Safra

Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou hoje que a crítica feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de que o Plano Safra 2010/2011 não favorece a classe média rural, conforme anunciou o governo, foi uma manifestação política que a entidade proferiu para atender a sua base. "Respeito todas as […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou hoje que a crítica feita pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) de que o Plano Safra 2010/2011 não favorece a classe média rural, conforme anunciou o governo, foi uma manifestação política que a entidade proferiu para atender a sua base. "Respeito todas as entidades, mas tenho de dizer que o plano não é bom, o plano é ótimo", disse a jornalistas, após participar da reunião da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool, que ocorreu na sede do Ministério da Agricultura, em Brasília.

Rossi afirmou que o plano é "extraordinário" não só pelo volume de recursos (R$ 100 bilhões apenas para a agricultura empresarial), mas também pelas "ideias novas" que ele contém, como o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC, com verba específica para financiar a agricultura sustentável) e o Pronamp - programa específico para a classe média. "Há pessoas que acham que eu tenho de resolver o problema de cada produtor", argumentou. "Mas eu não posso enganá-las e dizer que tenho um poder que eu não tenho", continuou.

De acordo com nota à imprensa divulgada hoje pela CNA, as alterações anunciadas esta semana pelo Plano Safra não favorecem a classe média rural, um grupo estimado em 2,5 milhões de produtores. Por meio de nota, a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), ressaltou que a classe média rural não possui demanda em escala suficiente para negociar os preços de seus insumos e que sua produção não gera receita para cobrir os custos da atividade.

Por isso, de acordo com a CNA, é preciso estabelecer um novo modelo de financiamento para o setor. "Para custear as lavouras, buscam recursos com financiadores privados (tradings e multinacionais), pagando taxas de juros elevadas", disse a senadora por meio do comunicado.

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