Economia

Ministra do Meio Ambiente destaca papel de catadores

Para ajudar a enfrentar desafios, os catadores de recicláveis têm papel central na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de 2010

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h05.

Brasília – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (25) que o problema dos resíduos sólidos está ligado a outros problemas ambientais como a emissão de gás metano, a contaminação de lençóis freáticos, das florestas e do solo por causa das embalagens de agrotóxicos.

Para ajudar a enfrentar esses desafios, explicou a ministra, os catadores de recicláveis têm papel central na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei 12.305, de 2010.

“A lei dá grande destaque ao papel dos catadores e à necessidade de avançarmos de forma mais rápida na questão da reciclagem no Brasil,” ressaltou a ministra, ao participar do painel Os Catadores na Gestão de Resíduos Sólidos – De Excluídos da Sociedade a Empreendedores da Reciclagem, na 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que termina domingo (27).

“Os catadores resolvem os problemas que nós causamos nas cidades. É preciso definir uma estratégia em caráter permanente para o papel dos catadores. Eles são um elo importante para mudança de atitude do brasileiro que sequer relaciona a quantidade de lixo que ele gera com seu comportamento no dia a dia”, acrescentou a ministra.

Izabella também destacou a importância da desoneração da cadeia de reciclagem no Brasil para que se torne uma realidade.

“A meta é acelerar o debate da desoneração tributária na cadeia da reciclagem para que a gente possa fazer estruturas de logística reversa [prevê o recolhimento e descarte pelo fabricante do resíduo pós-consumo] em caráter permanente e possa trazer soluções para os municípios porque há muitos que sequer têm recursos para fazer coleta seletiva.”

A ministra também informou que o governo deve concentrar a atenção em cerca de 240 municípios que produzem 80% do lixo no país.

“Os demais municípios [5.300] não são responsáveis pela magnitude do impacto ambiental, embora também produzam resíduos sólidos. Temos que nos concentrar nesses 240 municípios e muitos deles já têm soluções [para a gestão de resíduos sólidos]”, disse.

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