Economia

Ministérios fazem pedido extra de R$ 10 bilhões

A melhora na arrecadação abriu espaço para distribuir R$ 666,6 milhões que restam disponíveis dentro do teto de gastos

DInheiro: foram apresentadas demandas "prioritárias" que somam mais de R$ 10 bilhões, ou 15 vezes o valor disponível (Luciano Marques/Thinkstock)

DInheiro: foram apresentadas demandas "prioritárias" que somam mais de R$ 10 bilhões, ou 15 vezes o valor disponível (Luciano Marques/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de agosto de 2018 às 11h20.

Brasília - Em meio à pressão dos ministérios por mais recursos no Orçamento de 2019, a equipe econômica ainda precisa resolver o complicado xadrez orçamentário deste ano. A melhora na arrecadação abriu espaço para distribuir R$ 666,6 milhões que restam disponíveis dentro do teto de gastos, mas a boa notícia expôs o grau de restrição que os órgãos enfrentam.

Para essa pequena folga, foram apresentadas demandas "prioritárias" que somam mais de R$ 10 bilhões, ou 15 vezes o valor disponível, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Mais da metade do valor é referente a pedidos para custear despesas administrativas, que garantem o funcionamento dos órgãos. Outra parte é para bancar investimentos, sobretudo de obras inacabadas.

O governo tem tentado distribuir os recursos de forma pulverizada, priorizando despesas para manter a máquina funcionando e para pagamento de contratos. Mas ficou claro na reunião da Junta de Execução Orçamentária, na quarta-feira, que não há como atender a todos.

Para fontes do governo, o quadro é insustentável caso o Congresso Nacional resista a aprovar a reforma da Previdência. Na semana passada, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que o teto deve ser ampliado em R$ 59 bilhões em 2019. A regra prevê que o limite do ano anterior é corrigido pela inflação. No entanto, as despesas obrigatórias devem avançar R$ 80 bilhões.

O governo precisa enviar um projeto de lei ao Congresso para abrir um crédito suplementar para usar o excesso de arrecadação. O projeto vai incluir R$ 1,178 bilhão que será destinado à capitalização de estatais, como a Caixa.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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