Paulo Guedes diz que, sem imposto, não há desoneração da folha (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de julho de 2020 às 12h36.
Última atualização em 15 de julho de 2020 às 12h39.
Diante da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Economia espera uma queda de 7,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre ante o primeiro trimestre deste ano.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, o recuo projetado é de 9,3%. Dessa forma, o PIB acumulado em quatro trimestres atingirá -1,7%.
A estimativa é que apenas o setor agropecuário cresça no segundo trimestre, 1,9% ante o trimestre anterior. Nessa comparação, é esperado um recuo de 7,7% em serviços e de 13,1% na indústria.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, argumentou que o mercado financeiro tem revisto suas projeções para a recessão da economia brasileira em 2020, reduzindo a estimativa de queda do PIB neste ano. "Temos visto que mercado já reduziu a intensidade de projeção para a queda do PIB em 2020. Os dados mostram que abril foi o fundo do poço e agora há movimento de recuperação", afirmou. "Os indicadores de serviços, varejo, construção civil e financeiros apontam para essa recuperação", acrescentou.
O dado previsto pelo Ministério da Economia é mais otimista que a previsão do mercado. No último relatório Focus, os analistas consultados pelo Banco Central estimaram uma queda de 6,10% para o PIB de 2020.