Economia

Ministério da Economia estuda um programa de recolocação dos funcionários da Ford

Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados

A expectativa é que outra montadora possa adquirir as instalações da fábrica de Camaçari, na Bahia (Carla Carniel/Reuters)

A expectativa é que outra montadora possa adquirir as instalações da fábrica de Camaçari, na Bahia (Carla Carniel/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de janeiro de 2021 às 07h22.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 10h23.

O Ministério da Economia disse ter iniciado conversas para apoiar a recolocação dos 5 mil trabalhadores da Ford que devem perder o emprego com a saída da montadora do Brasil. Uma das possibilidades é a criação de um programa específico para ajudar esse grupo de trabalhadores altamente qualificados. Segundo apurou o Estadão, são ideias preliminares que começaram a surgir depois do anúncio da multinacional. Há outras indústrias investindo no Brasil que podem aproveitar esses trabalhadores que já estão treinados.

Apesar de a Ford ter sinalizado no início do governo Bolsonaro que deixaria o País, a equipe econômica acabou sendo surpreendida com o fechamento da fábrica de Camaçari (Bahia), considerada moderna e que recebeu investimentos recentes. A expectativa é que alguma das montadoras que estão investindo no Brasil possa adquirir as instalações e equipamentos dessa unidade.

Fontes da área econômica reconhecem que a notícia da Ford, divulgada num momento de recuperação das vendas em novembro, é "horrível" para o momento. Segundo essas fontes, GM, Fiat e Honda estão com planos de investimento e produção se recuperando. Havia até uma preocupação com a falta de autopeças para a produção.

O anúncio da saída do País da Ford acabou colocando em debate a concessão de bilhões de incentivos tributários para a indústria automobilística. Dados do Ministério da Economia apontam que o nível dessas renúncias fiscais atingiu R$ 43,7 bilhões entre 2010 e 2020. O levantamento leva em consideração o que já foi concedido a todas as empresas do setor, já que os dados individuais são sigilosos.

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