Economia

Minha Casa abrange 78% dos lançamentos imobiliários desde 2008

Os empreendimentos de médio e alto padrão corresponderam a 20,7% dos lançamentos, enquanto imóveis comerciais representaram 1,6%

Mercado: auge foi observado em 2014, quando o setor arrecadou 25,1 bilhões de reais (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Mercado: auge foi observado em 2014, quando o setor arrecadou 25,1 bilhões de reais (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 11h22.

Última atualização em 28 de novembro de 2017 às 11h22.

São Paulo - As incorporadoras imobiliárias lançaram um total de 6,3 milhões de unidades entre 2008 e 2017, sendo que 77,8 por cento dentro do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, mostrou estudo divulgado nesta terça-feira pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os empreendimentos de médio e alto padrão corresponderam a 20,7 por cento dos lançamentos desde 2008 até agosto deste ano, enquanto imóveis comerciais representaram 1,6 por cento, destacou o economista da Fipe, Eduardo Zylberstajn, ao apresentar o estudo "Cadeia de valor e importância socioeconômica da incorporação imobiliária no Brasil", em São Paulo.

Segundo Zylberstajn, o setor respondeu pela criação média de 1,9 milhão de empregos por ano em todo o país entre 2010 e 2017. "O pico da geração de empregos foi em 2014, quando foram gerados 2,5 milhões de vagas", comentou o economista.

O estudo apontou, ainda, que a arrecadação de impostos com incorporação imobiliária e atividades relacionadas foi de 157,4 bilhões de reais entre 2010 e 2017, o equivalente a uma media de 19,7 bilhões de reais por ano. O auge também foi observado em 2014, quando o setor arrecadou 25,1 bilhões de reais.

Recuperação e distratos

O presidente Abrainc, Luiz Antonio França, disse no mesmo evento que a retomada da economia já pode ser percebida nos indicadores industriais e que as atividades de incorporação imobiliária e as reformas são cruciais para o Brasil sair da recessão.

"O governo está ciente dos problemas enfrentados e busca reduzir os custos… A reforma da previdência é o próximo marco dessa fase", afirmou França durante o lançamento da campanha "Do mesmo lado", na qual a entidade se posiciona "ao lado do crescimento do país".

Ele disse, contudo, que as incorporadores e investidores do setor imobiliário precisam da regulamentação dos distratos para se sentirem seguros em aplicar dinheiro nos empreendimentos. "A regra trará recursos e segurança para os investimentos no setor", disse França.

Acompanhe tudo sobre:ImóveisMinha Casa Minha Vida

Mais de Economia

FMI alerta para produtividade 'decepcionante' da economia global com exceção dos EUA

Com inflação de alimentos em alta, Rui Costa diz que governo vai fazer ‘conjunto de intervenções’

É permitido alugar um imóvel financiado pela Caixa no Minha Casa, Minha Vida?