Economia

Mineirão tem ameaça de greve de obras antes de visita de Dilma

Considerado um dos estádios em situação mais avançada de obras e candidato a receber a abertura do Mundial, o Mineirão está previsto para receber a presidente na sexta

Os operários chegaram no começo da manhã desta quinta ao Mineirão e não iniciaram os trabalhos previstos, permanecendo em frente ao estádio pacificamente (Divulgação/Fifa)

Os operários chegaram no começo da manhã desta quinta ao Mineirão e não iniciaram os trabalhos previstos, permanecendo em frente ao estádio pacificamente (Divulgação/Fifa)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 18h42.

Rio de Janeiro - Operários das obras de reforma do estádio do Mineirão para a Copa do Mundo de 2014 interromperam o trabalho na manhã desta quinta-feira e ameaçaram retomar uma greve, na véspera de uma visita da presidente Dilma Rousseff para iniciar a contagem regressiva de mil dias para a competição.

Considerado um dos estádios em situação mais avançada na preparação para o evento e candidato a receber a abertura do Mundial, o Mineirão está previsto para receber na sexta-feira a presidente e o embaixador oficial da Copa Pelé, entre outras autoridades.

A Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo do governo mineiro informou que os operários interromperam as obras pela manhã e protestaram do lado de fora por aumento de salário e melhores condições de trabalho, mas que retomaram as obras após iniciarem negociações com o consórcio responsável pelas obras.

"Foi uma ameaça de greve que já acabou e os operários estão trabalhando normalmente. As negociações dos trabalhadores com a construtora prosseguem enquanto isso para se chegar a um acordo", disse por telefone uma representante da secretaria estadual.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de BH e Região, que não é o representante principal dos trabalhadores do Mineirão mas participou da manifestação, houve uma paralisação porque o acordo fechado após uma greve em junho não estaria sendo cumprido.

"A greve não é por causa da Dilma, é por causa do salário e das condições de trabalho", disse o presidente do sindicato, Osmir Venuto.


Em junho, as obras do Mineirão ficaram paradas por quase uma semana por uma greve que reivindicava aumento de salário e melhores condições de trabalho. O consórcio Minas Arena, que também será responsável por operar o novo Mineirão, disse que cumpre as exigências de uma convenção coletiva com os trabalhadores e que mantém "altos padrões de qualidade e segurança".

O ritmo dos preparativos do Brasil para a Copa do Mundo foi alvo de críticas da Fifa, mas recentemente a entidade mudou de linha e passou a afirmar que tem confiança que o país realizará uma grande competição.

Dos 12 estádios que serão construídos ou reformados para o Mundial, os dois mais atrasados são os de São Paulo e Natal, que inclusive já foram descartados para a Copa das Confederações de 2013.

Em balanço das obras apresentado pelo governo federal na terça-feira em Brasília, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que o problema dos estádios está "resolvido".

Nove arenas deverão ser entregues até dezembro de 2012, enquanto a arena de Manaus deverá estar pronta em meados de 2013, segundo o governo. Os estádios de São Paulo e Natal só devem ser concluídos em dezembro de 2013 ou no início de 2014.

Acompanhe tudo sobre:EstádiosInfraestruturaMão de obra

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos