Economia

Minas e Energia: reajuste do diesel foi reavaliado por "interesse público"

Em nota, Ministério reafirma seu compromisso de não intervenção no mercado

Funcionário troca preço em posto: ministério afirma que não há qualquer tipo de tabelamento nem fixação de valores (Rickey Rogers/Reuters)

Funcionário troca preço em posto: ministério afirma que não há qualquer tipo de tabelamento nem fixação de valores (Rickey Rogers/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2019 às 08h51.

Brasília - O Ministério de Minas e Energia (MME) emitiu nota em que diz reafirmar seu compromisso de não intervenção no mercado. Em relação à revogação do reajuste de 5,74% no preço do diesel, o ministério disse que a medida foi reavaliada "em função do interesse público envolvido". "A Petrobras decidiu pela suspensão temporária do reajuste, acionando instrumentos de hedge para sua proteção contra prejuízos", diz o ministério no texto.

No documento, o ministério afirma ainda que não há qualquer tipo de tabelamento nem fixação de valores máximos e mínimos. "A Diretoria Executiva da Petrobras possui a autonomia de definir sua política de preços em relação aos produtos da Companhia", diz. A pasta ressalta ainda que segue em diálogo com os envolvidos "na busca pelas soluções mais adequadas".

Nesta sexta-feira, 12, a Petrobras suspendeu um reajuste de 5,7% no valor do preço do diesel. A decisão jogou para baixo as ações da estatal no pré-mercado de Nova York e na B3, a Bolsa de São Paulo, e a Petrobras perdeu R$ 32,4 bilhões em valor de mercado.

A secretaria de Comunicação da Presidência informou que realizará na próxima segunda-feira, 15, uma reunião interministerial na Casa Civil para tratar dos aspectos técnicos sobre a política de preços para combustíveis.

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