Economia

Militar escapa de adiamento de reajuste

A extensão do adiamento a esses servidores enfrenta resistências dentro do governo

Exército: economia poderia ser maior, de R$ 11 bilhões, caso os militares fossem incluídos (Tânia Rego/Agência Câmara)

Exército: economia poderia ser maior, de R$ 11 bilhões, caso os militares fossem incluídos (Tânia Rego/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de agosto de 2018 às 11h25.

Brasília - O adiamento do reajuste do funcionalismo de 2019 para 2020 deve valer apenas para servidores civis, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A decisão final será tomada nos próximos dias pelo presidente Michel Temer, mas o cenário mais provável é que a medida não atinja os militares, de acordo com uma fonte da equipe econômica. A postergação desses aumentos abrirá um espaço de R$ 6,9 bilhões no Orçamento do ano que vem.

A economia poderia ser maior, de R$ 11 bilhões, caso os militares fossem incluídos. Mas a extensão do adiamento a esses servidores enfrenta resistências dentro do governo. Além disso, a categoria conta com o argumento de que não seria adequado reter aumentos salariais das Forças Armadas enquanto os militares trabalham na intervenção na segurança do Estado do Rio de Janeiro.

O governo já tentou postergar o reajuste dos servidores civis de 2018 para 2019, mas foi impedido por uma liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que suspendeu a medida no fim de 2017. Com isso, o reajuste entrou em vigor no início deste ano, tornando-se irreversível.

O adiamento é uma das medidas mais importantes que estão sendo desenhadas pelo governo para a proposta de Orçamento de 2019, que precisa ser apresentada até 31 de agosto.

Ele é imprescindível para abrir espaço dentro do teto de gastos (mecanismo que proíbe que os gastos cresçam mais que a inflação) para outras despesas com custeio e investimentos, já bastante sacrificadas e que têm levado ministérios a bater às portas do Ministério do Planejamento em busca de mais dinheiro.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:GovernoOrçamento federalPolícia MilitarReajustes salariais

Mais de Economia

MP do crédito consignado para trabalhadores do setor privado será editada após o carnaval

Com sinais de avanço no impasse sobre as emendas, Congresso prevê votar orçamento até 17 de março

Ministro do Trabalho diz que Brasil abriu mais de 100 mil vagas de emprego em janeiro

É 'irrefutável' que vamos precisar de várias reformas da previdência ao longo do tempo, diz Ceron