Economia

Milhares exigem em Londres um segundo referendo sobre o Brexit

Cidadãos lotaram a Avenida Pall Mall e foram até a sede do parlamento britânico para pedir a convocação de um novo referendo

Brexit  (Toby Melville/Reuters)

Brexit (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de junho de 2018 às 12h12.

Última atualização em 23 de junho de 2018 às 12h17.

Londres - Milhares de pessoas foram às ruas do centro de Londres neste sábado para exigir a convocação de um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), processo que ficou conhecido como "Brexit".

Na data que marca o segundo aniversário da consulta na qual os britânicos decidiram deixar o bloco europeu, milhares de cidadãos lotaram a Avenida Pall Mall e foram até a sede do parlamento britânico para pedir a convocação de um novo referendo.

Em um ambiente festivo e familiar, os manifestantes pedem que os partidos políticos concedam ao povo britânico a oportunidade de votar se aceitam ou não o acordo que está sendo firmado entre a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, e os membros da UE.

O Reino Unido está na fase final das negociações sobre a saída, processo que deve ser concluído em março de 2019.

A manifestação de hoje em Londres foi organizada pelo grupo pró-Europa "O voto do povo" e conta com apoio de figuras de destaque, entre elas o líder da terceira força no parlamento britânico, o Partido Liberal Democrata, Vince Cable.

Em artigo publicado hoje no tabloide "The Sun", o ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, pediu uma saída "completa" da UE e que a população britânica não toleraria uma "separação suave" do bloco europeu.

Os políticos britânicos se dividem basicamente em dois blocos. Uns querem uma "saída suave", com o Reino Unido mantendo o acesso ao mercado único europeu, e outros preferem um "Brexit duro", que significaria o total rompimento com a UE.

No referendo realizado há dois anos, 53,4% dos britânicos votaram a favor do "Brexit" e 46,6% foram contrários.

Reino Unido e UE ainda não entraram em acordo sobre a futura relação comercial entre as partes e nem sobre como será resolvida a questão da fronteira entre as duas Irlandas. O objetivo é que ela seja mantida aberta para evitar prejudicar o processo de paz na Irlanda do Norte.

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