Economia

Milagres não acontecem e recuperação depende da reforma, diz Hasselmann

PIB teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2018, informou o IBGE na manhã desta quinta-feira

Joice Hasselmann: deputada comentou sobre o recuo do PIB brasileiro no primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (Marcos Corrêa/Flickr)

Joice Hasselmann: deputada comentou sobre o recuo do PIB brasileiro no primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira (Marcos Corrêa/Flickr)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2019 às 11h31.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às 11h57.

Brasília - A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou que o recuo do PIB no primeiro trimestre divulgado nesta quinta-feira é compreensível porque a recuperação da economia brasileira depende da aprovação da reforma da Previdência, e acrescentou que não é possível fazer "milagres".

"É absolutamente compreensível que nós tenhamos nesse momento esses números do PIB. Por quê? Porque ainda nós não conseguimos a aprovação da nova Previdência. Isso deve acontecer até o final desse semestre, e nós sabemos que para gerar emprego e para ter investimento, a gente tem que destravar o país, e o primeiro passo é a nova Previdência", disse Joice a jornalistas, após participar de café da manhã da bancada feminina com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

"Então, milagres não acontecem, ninguém tem uma vara de condão aqui. O presidente não tem uma vara de condão, o ministro (da Economia) Paulo Guedes não tem uma vara de condão, eu não tenho uma vara de condão. A gente não sai fazendo milagre", argumentou.

A economia brasileira iniciou 2019 com contração no primeiro trimestre, com fraqueza na indústria, na agropecuária e em investimentos, na primeira queda trimestral desde o fim de 2016 e confirmando o quadro de dificuldades da economia e as preocupações com as perspectivas.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve recuo de 0,2% no primeiro trimestre na comparação com os últimos três meses de 2018, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa é a primeira contração trimestral desde os três últimos meses de 2016, em meio à profunda recessão de 2015-2016, da qual a economia ainda não conseguiu se recuperar. Agora, o país corre risco de sofrer nova recessão, aumentando a pressão sobre Bolsonaro.

A líder também comemorou, após o café da manhã, a aprovação na Câmara dos Deputados na madrugada desta quinta da Medida Provisória 871, que combate fraudes em benefícios previdenciários.

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