Economia

Micro e pequenas indústrias de SP podem atrasar pagamento do 13º

Segundo a Simpi, além das restrições no acesso ao crédito, as empresas têm sofrido com a inadimplência de seus clientes

Dinheiro: pelo menos 17% das empresas podem não pagar dentro do prazo

Dinheiro: pelo menos 17% das empresas podem não pagar dentro do prazo

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Agência Brasil

Publicado em 16 de novembro de 2016 às 15h17.

A maioria das empresas vinculadas ao Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) estão com dificuldade de caixa para o pagamento do 13º salário aos empregados.

Segundo a entidade, além das restrições no acesso ao crédito, as empresas têm sofrido com a inadimplência de seus clientes.

Pelo menos 17% das empresas podem não pagar dentro do prazo, o que representa um universo de 53 mil indústrias, segundo o indicador de atividade da micro e pequena Indústria, encomendado pelo Simpi ao Datafolha.

O levantamento do Datafolha constatou que 70% dos entrevistados passam por dificuldades financeiras e que 80% vão recorrer ao capital próprio. "O uso de recursos próprios é consequência da ausência de crédito no mercado", diz nota divulgada pelo Simpi.

Apenas 9% das indústrias pretendem buscar empréstimos nos bancos; 8% têm a intenção de recorrer a outras fontes, como empresas financeiras ou pessoas conhecidas, e 3% indicaram o uso do cheque especial.

O Simpi justifica que cresceu a proporção de empresas que sofreram calotes. Em setembro, 45% delas registraram casos de inadimplência de seus clientes, taxa que passou para 51%, em outubro.

Foi apurado ainda que o valor das dívidas em atraso atingiram mais de 30% do faturamento em setembro, tendo um acréscimo de mais 5% em outubro, de acorcom com 14% dos empresários.

Quase metade dos consultados (45%) consideram que pioraram as condições para quitar o salário extra, em relação a igual período do ano passado. Outros 34% avaliaram que a situação é a mesma enfrentada em 2015 e para 21% houve melhora no quadro.

Setor acredita em melhora

Para 48% dos industriais, a tendência é de melhora no cenário nacional. No quesito sobre a satisfação com a situação econômica do país, o índice subiu de 26 pontos em agosto, para 28 em outubro.

Em relação a essa mesma percepção sobre o Estado de São Paulo, também teve alta, passando de 43 pontos para 50.

Quando consultados sobre a gestão de Michel Temer, 53% a classificaram como ótima ou boa ante 47%, em setembro. Outros 30% a consideram regular, parcela 1% abaixo do verificado no mês anterior e 11% acham ruim ou péssimo, percentual inferior ao mensurado em setembro (19%). Os que não souberam opinar diminuiu de 9% para 7%. O Simpi informou que 42% das MPIs de todo o país concentram-se em São Paulo.

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