Economia

México quer impulsionar comércio com Brasil, mas sem acordos

Meade disse que, no aspecto comercial, "atualmente esse é o objetivo do México", que, por enquanto, não pretende negociar acordos de livre-comércio com o Brasil

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2013 às 20h49.

Brasília - O secretário de Relações Exteriores do México, José Antonio Meade, visitou nesta sexta-feira o chanceler Antonio Patriota, com quem impulsionará uma série de encontros empresariais para dinamizar o comércio bilateral.

Meade disse em entrevista coletiva que, no aspecto comercial, "atualmente esse é o objetivo do México", que, por enquanto, não pretende negociar acordos de livre-comércio com o Brasil.

"Existe um interesse mútuo por reforçar a relação comercial com uma maior dinâmica e acreditamos que isso será alcançado com encontros empresariais setoriais", explicou o chanceler mexicano.

Por sua parte, Patriota indicou que esses encontros poderiam reunir a princípio empresários dos setores de energia e cosméticos, nos quais identificaram um forte potencial de negócios.

Além disso, Meade e Patriota disseram que pretendem "facilitar" encontros entre representantes das petrolíferas Pemex e Petrobras, tal como solicitou o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, interessado em conhecer a experiência da estatal brasileira.

Os chanceleres também celebraram a eliminação de vistos para os cidadãos de México e Brasil em suas visitas a ambos países por um prazo máximo de 180 dias, em vigor desde ontem, e concordaram que incentivará o turismo mútuo e se transformará em outro fator de negócios.

Meade aproveitou a ocasião para felicitar pessoalmente, tanto Patriota como o Brasil, pela eleição do diplomata brasileiro Roberto Azevêdo como secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Azevêdo chegou à fase final do processo de seleção junto com o ex-secretário de Comércio mexicano Herminio Blanco e seu triunfo, segundo Meade, foi "uma vitória latino-americana".

Exatamente hoje Azevêdo esteve pela primeira vez em Brasília desde que foi eleito para o cargo, mas não chegou a encontrar o ministro mexicano.

Acompanhe tudo sobre:ComércioDiplomaciaNegociações

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições