Economia

Metade das empresas no Brasil "morre" após 4 anos no mercado

Segundo levantamento do IBGE, taxa de sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2009 cai a cada ano que passa


	Em 2013 restaram apenas 329,9 mil empresas sobreviventes no mercado brasileiro, ou 47,5% do total das que nasceram em 2009
 (Michael Blann/Bloomberg)

Em 2013 restaram apenas 329,9 mil empresas sobreviventes no mercado brasileiro, ou 47,5% do total das que nasceram em 2009 (Michael Blann/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 21h41.

São Paulo - Mais da metade das empresas brasileiras não consegue sobreviver no mercado após quatro anos, revelou o estudo "Demografia das Empresas 2013", divulgado nesta sexta-feira (4) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),

De acordo com o levantamento feito com base no ano de 2013, a taxa de sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2009 cai a cada ano que passa.

Do total de 694,5 mil empresas que nasceram em 2009, 536,6 mil (ou 77,3%) sobreviveram em 2010. Já no ano seguinte, este número caiu para 452,5 mil, ou 65,2%.

Em 2012, o número de sobreviventes foi para 387,4 mil, ou 55,8%. Em 2013, quatro anos depois, restaram apenas 329,9 mil empresas sobreviventes no mercado brasileiro, ou 47,5% do total quatro anos atrás.

Segundo o IBGE, a taxa de sobrevivência tem uma relação direta com a faixa de pessoal ocupado na organização.

"Empresas maiores tendem a apresentar taxas mais altas de sobrevivência. Nas faixas menores existem grandes movimentos de entrada e saída e consequentemente taxas mais baixas de sobrevivência."

Após quatro anos de entrada no mercado, a sobrevivência das empresas sem funcionários foi de 40,9%, enquanto das faixas de um a nove funcionários, foi de 69,1%. Já aquelas companhias que contrataram mais de 10 pessoas, o índice de sobrevivência foi de 76,7%.

Distinção de gênero persiste

O estudo do IBGE mostra ainda que há muito mais homens trabalhando do que mulheres. Do total assalariado em 2013, 62,3% eram homens e apenas 37,7% eram mulheres.

Quanto aos salários, os homens continuam ganhando mais. O salários médios mensais das empresas de alto crescimento foram de R$ 2.085,34 para os homens e de R$ 1.521,61, para as mulheres - o que representa uma diferença de 37%.

No total de empresas, o salário médio mensal foi de R$ 2.118,66 para os homens e R$ 1.507,69 para as mulheres. Uma distinção de 40,5%.

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