"Boa parte foi desoneração da folha (de pagamento) das empresas. Todo mundo quer entrar na folha", disse Mantega (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2013 às 15h44.
Brasília - O governo só não avançará nas desonerações tributárias se estas medidas ameaçarem o resultado fiscal, declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública na Câmara dos Deputados na tarde desta quarta-feira, 26.
No ano passado, relatou, as desonerações foram equivalentes a 1% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Boa parte foi desoneração da folha (de pagamento) das empresas. Todo mundo quer entrar na folha". Segundo Mantega, o governo combinou controle fiscal e da inflação com crescimento dinâmico da economia.
Na opinião dele, os europeus fizeram só austeridade fiscal e entraram em recessão. "Muitos, no passado, fariam no Brasil o que a Europa fez", disse.
Reservas
Em outro questionamento na audiência, Mantega citou que as reservas internacionais do país, em níveis históricos, são a garantia do país "para situação de dificuldade". "Não concordo que devemos desconsiderá-las no cálculo. Alguém disse que elas são como cheque especial, mas não são. É cash", afirmou.
Em resposta a parlamentares oposicionistas que disseram que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atende cartéis, o ministro afirmou desconhecer "os cartéis mencionados". "O que temos são grandes empresas em todos os setores."