O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: meta é controlar inflação (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 06h06.
Os operadores estão cada vez mais céticos quanto à intenção do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de controlar a inflação. Isso porque ele vem mantendo a taxa básica de juros na mínima histórica com o objetivo de reativar o crescimento econômico mais lento em uma década.
As expectativas dos investidores para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo subiram de 4,8 por cento em junho para 5,81 por cento em 14 de dezembro, o maior nível em sete meses, com base na chamada taxa de equilíbrio para 2015. Um conta similar para o México, que mede a diferença entre dívidas soberanas atreladas à inflação e títulos de renda fixa, recuou 0,3 ponto percentual no último mês, para 3,83 por cento.
Com o BC dizendo que a pretende manter a Selic no mesmo nível por um “período prolongado”, após levá-la ao piso de 7,25 por cento em outubro, os operadores de renda fixa apostam que a inflação irá se acelerar em relação aos 5,53 por cento do mês passado. Isso sugere que o mercado está perdendo a confiança em Tombini, que disse que a taxa básica está em um nível que fará com que o IPCA convirja para o centro da meta, de 4,5 por cento.
“A inflação está muito próxima do teto da meta do Banco Central”, disse Pedro Tuesta, economista para América Latina da 4cast Inc., em Nova York. “A sensação é de que eles vão tentar manter as taxas baixas para que o crescimento se recupere.”
O BC se recusou a comentar em comunicado por e-mail sobre o que a taxa de equilíbrio mostra em termos de inflação e taxas.