Economia

Meta de primário neste ano depende de Estados e municípios

Cumprimento da meta fiscal ajustada de primário neste ano, de 2,3% do PIB, dependerá dos Estados e municípios cumprirem suas metas cheias, diz ministro


	Guido Mantega: "o governo tem total controle fiscal", afirmou Mantega a jornalistas, ao chegar no Ministério da Fazenda
 (Abr)

Guido Mantega: "o governo tem total controle fiscal", afirmou Mantega a jornalistas, ao chegar no Ministério da Fazenda (Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 10h53.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o cumprimento da meta fiscal ajustada de primário neste ano, de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), dependerá dos Estados e municípios cumprirem suas metas cheias.

Mantega disse que sempre afirmou que o governo central --governo federal, Banco Central e Previdência-- cumpriria sua meta cheia, e argumentou que o país passa por uma fase transitória de maus resultados nas contas públicas e que haverá recuperação nos próximos meses.

"O governo tem total controle fiscal", afirmou Mantega a jornalistas, ao chegar no Ministério da Fazenda.

O ministro acrescentou que as desonerações realizadas neste ano reduziram a arrecadação temporariamente, e que o país enfrentou problemas na recuperação econômica, além de despesas com energia. Além disso, Mantega destacou que o governo está diminuindo os repasses para Estados e municípios.

Na semana passada, o setor público brasileiro registrou o pior resultado primário para o mês de setembro, afetado por despesas da Previdência, praticamente enterrando as chances cumprir sua meta neste ano e levando Mantega a vir a público para anunciar que novas reduções de despesas estão sendo estudadas.

O esforço, no entanto, não chegou a convencer parte dos especialistas, que continua projetando que a meta ajustada de primário --de 2,3 por cento do PIB-- não será alcançada, colocando em risco a percepção de risco do país.

As preocupações com as contas públicas brasileiras fez o dólar disparar na terça-feira, saltando quase 2 por cento frente ao real, puxando também os juros futuros.

Atualizado às 11h53

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGuido MantegaIndicadores econômicosMinistério da FazendaPersonalidadesPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições