O balanço comercial entre a China e a Alemanha entre janeiro e novembro de 2011 foi de 131,8 bilhões de euros, com um aumento de 11,1% em relação a 2010 (Angelika Warmuth/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2012 às 11h10.
Pequim - A chanceler alemã, Angela Merkel, tratará durante sua visita à China nesta semana de temas como a crise da dívida europeia e as sanções ao programa nuclear iraniano, informou nesta segunda-feira a imprensa chinesa.
O jornal 'China Business News' afirmou que em seus encontros com os líderes chineses, Merkel conversará sobre possíveis soluções para a crise de dívida soberana europeia.
A publicação destacou que Pequim espera de Bruxelas um reconhecimento como economia de mercado, o que diminuiria as diversas denúncias de concorrência desleal das quais a China é alvo.
A chanceler estará em Pequim na quinta-feira e na sexta-feira, quando se reunirá com o presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao, e oferecerá uma conferência na Academia Chinesa de Ciências Sociais.
A governante alemã tratará ainda das sanções contra Teerã por seu programa nuclear, medidas rejeitadas por Pequim pela sua dependência ao petróleo iraniano, e os analistas esperam que a chanceler também exija do regime de Pequim um maior respeito aos direitos humanos.
O jornal indicou que as autoridades chinesas esperam com essa visita que a cooperação estratégica e comercial entre ambos os países melhore e o investimento recíproco aumente, principalmente na área ambiental e no uso de energias renováveis.
O balanço comercial entre a China e a Alemanha entre janeiro e novembro de 2011 foi de 131,8 bilhões de euros, com um aumento de 11,1% em relação a 2010, segundo dados chineses.
Desse valor, a Alemanha importou da China 72,5 bilhões de euros e exportou ao país asiático 59,3 bilhões, e seu déficit é de 13,2 bilhões de euros.
Após a visita de Merkel à China, o país asiático fará em 14 de fevereiro uma cúpula com a União Europeia que se centrará na resolução da crise da zona do euro.