Economia

Merkel se diz contra reestruturação da dívida europeia

Merkel enfatizou que a competitividade vai manter a força da Europa no mundo e não apenas a solidariedade entre países europeus financeiramente sólidos


	"Achamos que uma mutualização dos bônus soberanos é uma abordagem equivocada. A responsabilidade é de cada Estado individualmente", afirmou Merkel.
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"Achamos que uma mutualização dos bônus soberanos é uma abordagem equivocada. A responsabilidade é de cada Estado individualmente", afirmou Merkel. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2013 às 09h31.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse neste sábado, em seu último comício antes das eleições nacionais de amanhã, que manterá sua postura firme contra a reestruturação e mutualização da dívida europeia, e prometeu manter a política de oferecer auxílio financeiro a países da zona do euro que se esforçarem para resolver seus problemas orçamentários.

Em discurso para simpatizantes em Berlim, Merkel enfatizou que a competitividade vai manter a força da Europa no mundo e não apenas a solidariedade entre países europeus financeiramente sólidos e nações problemáticas da região.

"É por isso que achamos que uma mutualização dos bônus soberanos é uma abordagem equivocada. A responsabilidade é de cada Estado individualmente", afirmou Merkel. "Com os democratas cristãos, e é o povo que vai decidir isso (neste domingo), não haverá nem pagamento conjunto de dívidas nem bônus em euros."

A um dia das eleições, a coalizão de centro-direita de Merkel está numa disputa acirrada com os partidos oposicionistas de centro-esquerda, que defendem a introdução de bônus comuns da zona do euro - dívida denominada em euros e implicitamente garantida por países como a Alemanha - e fundos para pagamento de dívidas.

Uma possível nova reestruturação da dívida grega foi discutida na Europa. Mas a Grécia é uma questão impopular na Alemanha, o maior contribuinte dos programas de ajuda da zona do euro. Atenas ganhou lugar de destaque nas últimas semanas após o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, afirmar no mês passado que a Grécia iria precisar de um terceiro pacote de resgate.

Até agora, Atenas já recebeu 246 bilhões de euros em empréstimos internacionais. Estes pacotes são administrados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE), que em conjunto são conhecidos como "troica". O programa da zona do euro para Atenas expira em meados de 2014 e os empréstimos do FMI deverão continuar até 2016.

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