Economia

Merkel, Sarkozy e Lagarde discutem com bancos corte na dívida grega

Dirigentes discutem com representante dos bancos privados, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), a proposta de cortar a dívida grega em pelo menos 50%

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy lideram as negociações na UE (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy lideram as negociações na UE (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h10.

São Paulo - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, entraram em uma reunião com o diretor-gerente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), Charles Dallara, para discutir o desconto que será sofrido pelos detentores privados de títulos da dívida da Grécia, disseram fontes diplomáticas. Os líderes da zona do euro negociam a ampliação do ‘haircut’(desconto). Bancos privados detêm mais de € 210 bilhões em títulos da dívida grega.

Mais cedo o próprio Dallara informou que ainda não há um acordo sobre o envolvimento do setor privado num novo pacote de resgate à Grécia.

"Ainda não há qualquer acordo sobre a Grécia ou um 'haircut' (desconto) específico" no valor dos rendimentos e do principal da dívida do país que está em poder dos bancos, disse em comunicado. "Continuamos abertos ao diálogo em busca de um acordo voluntário. Ainda não há consenso sobre qualquer elemento de um acordo", acrescentou.

Algumas autoridades europeias disseram que o IIF estava aberto a aceitar perdas de 50% sobre os bônus e rendimentos da dívida grega, ou quase duas vezes mais do que o originalmente previsto num acordo anunciado em julho. A contrapartida seriam garantias para os 50% restantes.

Segundo um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na semana passada, a dívida da Grécia poderia ser reduzida de 186% do Produto Interno Bruto (PIB) para cerca de 120% até 2020 se os credores privados aceitassem sofrer uma baixa contábil de 50%. Um haircut de 60% colocaria esse número abaixo de 100% do PIB. 

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