Economia

Merkel respeita "direito à greve", mas defende austeridade

"O direito à greve é um costume democrático", apontou a chanceler, em um comparecimento conjunto com o primeiro-ministro polonês


	A chanceler alemã, Angela Merkel: Merkel enfatizou a necessidade de maior atenção nos orçamentos da União Europeia (UE)
 (John Thys/AFP)

A chanceler alemã, Angela Merkel: Merkel enfatizou a necessidade de maior atenção nos orçamentos da União Europeia (UE) (John Thys/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2012 às 16h33.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou nesta quarta-feira seu respeito pelo "direito legítimo à greve", com relação aos protestos que acontecem em toda Europa, ao mesmo tempo em que defendeu as medidas de austeridade frente à crise.

"O direito à greve é um costume democrático", apontou a chanceler, em um comparecimento conjunto com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, que está em Berlim para presidir consultas bilaterais com a chanceler.

De acordo com Merkel, a greve não tira a obrigação que os governos têm de "fazer o que for possível" para diminuir os impactos da crise na zona do euro, o que implicaria em aplicar "duras medidas e cortes nos gastos públicos".

Merkel enfatizou a necessidade de maior atenção nos orçamentos da União Europeia (UE), assim como em sua convicção de que todos os membros chegarão a um consenso.

Tusk, por sua parte, defendeu a necessidade de impulsionar o crescimento e expressou sua compreensão em direção à postura alemã.

A coincidência das consultas bilaterais com a jornada de protestos e mobilizações em toda Europa, especialmente na Espanha, Grécia e Portugal, centrou a atenção da imprensa, que ficou limitada a duas perguntas para os poloneses e outras duas para os alemães. 

Acompanhe tudo sobre:Angela MerkelCrise econômicaGrevesPersonalidadesPolíticos

Mais de Economia

Bernard Appy: Serviços públicos, como energia elétrica, ficarão mais baratos após reforma tributária

China bate recorde de exportações em 2024 e ultrapassa US$ 3,48 trilhões

Preço do diesel: Petrobras reajusta e valor fica mais caro para as distribuidoras em R$ 0,22

Estatais federais registram rombo recorde de R$ 6,7 bilhões em 2024, diz BC