Economia

Merkel não participará do Fórum Econômico Mundial de 2017

É a primeira vez que Merkel deixa de ir a Davos dois anos seguidos desde que assumiu o cargo há mais de 11 anos

Merkel: o governo alemão se recusou a dizer qual conflito de agenda seria o motivo para o não comparecimento (Getty/Getty Images)

Merkel: o governo alemão se recusou a dizer qual conflito de agenda seria o motivo para o não comparecimento (Getty/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 13h59.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, não participará do Fórum Econômico Mundial em Davos neste ano, uma reunião que deverá ser dominada pelo debate sobre a Presidência de Donald Trump nos Estados Unidos e o crescente descontentamento público com as elites e a globalização.

Merkel tem sido uma assídua participante da reunião anual de líderes políticos, presidente-executivos de grandes empresas e celebridades, viajando para o resort nos Alpes suíços sete vezes desde que se tornou primeira-ministra em 2005.

Mas seu porta-voz disse à Reuters que a chanceler decidiu não participar por um segundo ano consecutivo. A conferência deste ano ocorre de 17 a 20 de janeiro sob o lema "Liderança responsável e responsivo". A posse de Trump coincide com o último dia da conferência.

"É verdade que uma viagem a Davos estava sendo considerada, mas nunca a confirmamos, então isso não é um cancelamento", disse o porta-voz.

É a primeira vez que Merkel deixa de ir a Davos dois anos seguidos desde que assumiu o cargo há mais de 11 anos e sua ausência deve decepcionar os organizadores, porque sua reputação como um líder firme e de princípios se encaixa bem com o tema da conferência deste ano.

O governo alemão se recusou a dizer qual conflito de agenda seria o motivo para o não comparecimento, nem disse se a decisão poderia estar ligada ao ataque de caminhão em um mercado de Natal em Berlim que matou 12 pessoas em dezembro.

Mas depois que o voto do Brexit no Reino Unido e a eleição de Trump foram atribuídos à irritação pública crescente com o establishment político e a globalização, os líderes podem estar mais relutantes do que o normal em viajar a uma conferência em um luxuoso resort que se transformou em sinônimo da elite global.

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