Economia

Merkel insinua acordo com oposição após derrota eleitoral

A chanceler disse que se reunirá com os partidos da oposição alemã para falar sobre a ratificação do pacto fiscal

Merkel: "me reunirei com os partidos de oposição para ver que expectativas existem" (John Macdougall/AFP)

Merkel: "me reunirei com os partidos de oposição para ver que expectativas existem" (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 13h08.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, insinuou nesta segunda-feira um possível acordo com a oposição em torno do pacto fiscal da União Europeia (UE), após a derrota eleitoral sofrida por seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), no pleito regional da Renânia do Norte-Westfália.

Perguntada sobre as consequências da derrota para a política europeia, Merkel disse que, em princípio, não havia relação entre os dois assuntos, mas acrescentou que se reunirá com os partidos da oposição alemã para falar sobre a ratificação do pacto fiscal e sua complementação com um programa de crescimento na UE.

'Me reunirei com os partidos de oposição para ver que expectativas existem. Não há alguém na CDU contra elementos que fomentem o crescimento, mas temos de analisar como afetam a política de consolidação', assinalou Merkel em entrevista coletiva.

A ratificação do pacto fiscal implica uma reforma da Constituição alemã, para o que se necessita uma maioria de dois terços tanto na câmara baixa do Parlamento (Bundestag) como na câmara alta, onde estão representados os governos dos 16 estados federados.

Por isso, Merkel precisa chegar a um acordo com os principais partidos de oposição, o Partido Social-Democrata (SPD) e os Verdes, que são partidários, da mesma forma que o presidente francês François Hollande, de complementar o pacto fiscal com elementos que fomentem o crescimento e a criação de emprego.

Merkel destacou nesta segunda-feira, ao deixar aberta a possibilidade de uma parceria com a oposição, sua convicção de que entre o crescimento e uma política fiscal sólida não há contradição. Ela insistiu que a crise grega, em particular, e a crise do euro, em geral, não decorre de um excesso de economia, mas de falta de austeridade. 

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