Economia

Merkel expressa 'respeito' pelas reformas italianas

Em visita a Berlim, Mario Monti pediu um maior reconhecimento para os esforços da Itália

Merkel e Monti: o líder italiano disse que seu país fará a necessária contribuição para a estabilização da zona do euro e afirmou que 'não se deve temer a Itália'
 (Sean Gallup/Getty Images)

Merkel e Monti: o líder italiano disse que seu país fará a necessária contribuição para a estabilização da zona do euro e afirmou que 'não se deve temer a Itália' (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2012 às 13h35.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou nesta terça-feira seu 'respeito' pelas 'importantes e apreciáveis' reformas do governo italiano presidido por Mario Monti para estabilizar os orçamentos e finanças de seu país.

Em entrevista coletiva conjunta após uma reunião na chancelaria, Merkel reiterou que além da resolução do problema da dívida, os países da União Europeia deverão também abordar com urgência medidas para fomentar o crescimento econômico e a criação de emprego.

Monti destacou que a Itália demonstrou 'maturidade' com as reformas, disse que seu país fará a necessária contribuição para a estabilização da zona do euro e afirmou que 'não se deve temer a Itália'.

A chanceler alemã elogiou seu hóspede ao dizer que as autoridades de Roma demonstraram velocidade e substância nas medidas adotadas para reformar suas estruturas e 'isso é algo que reforçará a Itália'

A entrevista coletiva dos dois líderes começou com 45 minutos de atraso, 'não porque tenhamos discutido', disse Merkel, mas porque o catálogo de temas a tratar era muito amplo.

Por ocasião de sua visita a Berlim, Monti tinha pedido um maior reconhecimento para os esforços da Itália e advertido contra um papel dominante de Berlim e Paris na resolução da crise da zona do euro.

Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, 'cometem um grave erro se pensam que apenas eles poderão dirigir a UE', afirmou Monti em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal 'Die Welt', na qual reivindica que a 'Europa deve ter vários centros, e a Itália é um deles'.

'Somos um país forte, orgulhoso e temos uma economia efetiva', declarou o primeiro-ministro da Itália, que expressou seu temor de protestos antieuropeus em seu país se não forem alcançados progressos claros perante os 'duros sacrifícios' exigidos. 

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